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Enviada em: 07/09/2018

Durante mais de duas décadas, desde a intervenção militar em 1964, até a eleição de Fernando Collor de Melo como presidente nos anos 90, o brasileiro manteve-se distante das urnas. Nesse contexto de afastamento eleitoral, observa-se uma população descrente com a política que é refletida nas relações contemporâneas. Desse modo, compreender os fatores que desencadeiam a crise da nação é substancial para a promoção de resoluções, uma vez que a falta do sentimento de representação e o desinteresse popular pela democracia são notados.       É preciso considerar, antes de tudo, que a falta de representatividade prejudica diretamente as ações democráticas atuais. Conjuntura essa, observada no cenário das últimas eleições presidenciais do país, de modo que o elevado número de votos brancos e nulos torna evidente a falta de identificação do corpo social com seu representantes. Tal ocorrência é explanada pelo site Nexo, o qual demonstra que há seis meses das eleições de 2018, quase 30% dos brasileiros anulariam seus votos. Essa realidade, em consonância com a Utopia de Thomas More, a qual a população aceita ser corrompida por acreditar na falência da política do regime governamental, mostra a necessidade de manifestações por parte da comunidade em descontentamento com os desacordos organizacionais atuais.    Outrossim, há grupos de pessoas alienadas politicamente, de forma que não demonstram interesse em participar ou conhecer assuntos relacionados à governabilidade e, elementos como descrença e corrupção encontrados na administração pública contribuem para a crise instalada. Nota-se também, que esses motivos são históricos, haja vista que ações deturpadas fazem parte de toda a memória da nação, as quais vão desde a colonização no século XVI com o comércio ilegal de produtos nacionais, passam pelo início da república com o voto de cabresto, e vão até momentos recentes com o contestável impeachment da então presidente Dilma. Diante de tais razões, urge a ação de entidades influenciadoras para que se encerre tal problema sócio-político.    Evidencia-se, portanto, que as divergências diplomáticas entre os indivíduos têm base histórica e refletem-se de forma negativa nas relações interpessoais. Para contrapor tal situação, o Estado em ação conjunta com os meios de comunicação, deve desenvolver informativos, através de propagandas nas mídias sociais, de maneira a explicar o processo democrático brasileiro, para que a sociedade possa escolher de forma livre seus representantes. Conjuntamente, o próprio Estado deve, de forma parcial, aplicar a Lei da Ficha Limpa, ao passo que deixe inelegíveis políticos que não tenham requisitos morais legais, com a finalidade de extinguir casos de corrupção. Destarte, ideais como os de More serão assolados, e os direitos da população, em momentos da história tirados, serão resguardados.