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Enviada em: 29/09/2018

A Crise Política e o Estado de Natureza       Ao analisar a questão política e as opiniões divergentes, é possível afirmar que existe muita descortesia envolvida. Assim, todos os anos que têm eleição, o Brasil se separa em grupos distintos e muitos passam aquele período eleitoral atacando outros grupos. Diante de tal relevância temática, surge a necessidade de discutir os motivos dessa crise política, sendo eles o incentivo ofensivo que parte dos próprios políticos e o despreparo da sociedade em debater tal assunto.       Convém ressaltar, a princípio, sobre o estímulo dos parlamentares no que tange as divergências políticas. Nesse sentido, é perceptível os constantes ataques que ocorrem entre os agentes governamentais, tanto no Congresso Nacional, quanto nos debates. Dessa forma, em um ambiente hostil, torna-se impossível avaliar as propostas dos candidatos e os projetos que defendem os deputados. De fato, foi o que ocorreu quando o deputado Jean Wyllys cuspiu no, então, deputado e atual candidato Jair Bolsonaro. Portanto, é evidente que as atitudes agressivas entre tais agentes contribuem para dividir a sociedade e fomentar o desrespeito.       Além disso, a sociedade não é preparada para dialogar sobre a política no Brasil. Sob esse viés, infelizmente, o país não pode ser comparado à Grécia Antiga, onde os cidadãos discutiam sobre conteúdos políticos na ágora, de maneira civilizada. De modo oposto, os brasileiros nunca foram corretamente educados para pensar e questionar sobre a realidade política. Isso ocorre pelos longos anos do Regime Militar e pelas inúmeras decepções com os políticos corruptos, que gerou uma desilusão ao tema. Por isso, a sociedade não é desenvolvida para debater as questões sociais, respeitando as opiniões alheias. Desse modo, a maior prejudicada nessa crise é a sociedade, haja vista que entra em um estado de natureza de Hobbes e não soluciona os problemas reais da nação, porque age como uma selvagem agressiva.        Infere-se, então, que as divergências políticas existentes são desrespeitadas pelos principais atores sociais e devem ser contornados. Por isso, o TSE com o STF devem punir os parlamentares que agredirem os outros, mudando a norma que promove a imunidade dos políticos em seus pronunciamentos, para evitar os ataques entre tais agentes. Por fim, as escolas devem promover palestras, com profissionais formados em ciência política, demonstrando a importância do diálogo salutar entre pessoas que têm posicionamento político diferente, para incentivar aos jovens o respeito social.