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Enviada em: 20/10/2018

"Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam" afirmou Platão, filósofo grego. Destarte, grande parte da população brasileira não governará, uma vez que a descrença no sistema político se ampliou exponencialmente, o que culminou no desgosto da sociedade perante a política. Nesse contexto, é crucial analisar como a corrupção e as "fake news" cooperam para o aclive do empecilho.       Mormente, é notório que a corrupção está ligada de maneira direta a governabilidade do país. Afinal, os cidadãos acompanham por meio da mídia casos como a "Operação Lava Jato" e "Odebrecht" nos quais estão envolvidos inúmeros governantes que praticam atos imorais e corruptos. Por conseguinte, os eleitores optam por anular o voto, haja vista que são raros os candidatos considerados "ficha limpa". Prova dessa corrupção, segundo o G1, é o feito executado pelo atual Senador de Minas Gerais, Aécio Neves, o qual foi flagrado solicitando 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista para pagar imposto.      Outrossim, as "fake news" também corroboram para o cepticismo em relação aos regimes políticos. Isso porque, as pessoas possuem acesso a um número elevado de informação que são adquiridas sem a confirmação de sua veracidade. Logo, com tanta falácia divulgada sobre os governantes, o cidadão cria uma visão pessimista diante das eleições, o que acarreta em uma elevação de votos nulos, brancos e abstenção. Em comprovação das "fake news" nas campanhas eleitorais, há o caso da falsa notícia sobre a candidata a vice-presidência Manuela D'Ávila, a qual aparece vestida em uma camiseta com a frase "Jesus é travesti", o que deprava seu caráter diante do eleitorado.     Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias na resolução do impasse. Cabe ao Ministério da Justiça (MJ) em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) averiguar as candidaturas de todos os candidatos, por meio de análises em seu passado histórico e em suas ações atuais e caso haja antecedentes criminais é indubitável a exclusão desse candidato das eleições, para que apenas indivíduos "ficha limpa" sejam eleitos. Por fim, os criadores das redes sociais em parceria com MJ devem criar uma ferramenta que reconheça quando uma notícia for falsa e atribua a publicação um alerta de ''Fake news'' assim o MJ poderá punir os disseminadores dessas mentiras, por intermédio de detenções sem fiança. Dessa maneira, a frase de Platão tornara-se fraca, pois haverão mais cidadãos dispostos a engajarem na disputa pelo governo, visto que a descrença política estará em declive.