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Enviada em: 19/11/2018

Respeito e conhecimento         O paradigma de que existe um tempo de crise é uma maneira de limar os vestígios de uma nação com abismos sociais, pois a crise existe o tempo todo, do mesma maneira que as divergências individuais e comunitárias. Um indivíduo que respeita a opinião alheia propicia o debate e essa compreensão depende de conhecimento prévio do modo operante em sociedade e da capacidade cognitiva para apresentar o que pensa. Assim, para enfrentar a diversidade de ideias em qualquer tempo é necessário traquejo social, para não ofender ninguém, e um domínio sobre o assunto, que ocorre pelo estudo ou pela vivência.       As “boas maneiras” são revisadas a todo instante, pois o que antes era impróprio agora é permitido, por exemplo falar sobre o posicionamento político e a religião. A divergência não pode permitir a falta de educação, portanto dominar os preceitos básicos de convivência é de suma importância para que seja possível um embate de ideias e não de pessoas. Para uma parte da sociedade, o ambiente familiar é o primeiro lugar em que o indivíduo pode apresentar suas percepções, para uma outra, a escola é este lugar de apresentação, mas ainda existe o terceiro e esse tem sido o predileto por conta de uma sensação de anonimato, a internet.       Tão importante quanto saber os limites de uma discussão é o conhecimento prévio sobre o que se pretende debater. A apresentação de qualquer ideia sem um estudo anterior é o primeiro passo para o preconceito, assim é importante validar as vivências, experiências e leituras como possíveis formas de capacitação em um debate de ideias, principalmente, num país onde a desigualdade social provoca uma ausência de uniformidade no que se refere à instrução regular. Garantir que quem pensa diferente será respeitado e ouvido desde que, esse, lance mão de meios não ofensivos para expor suas ideias.       Portanto, quando se vivencia a diversidade é preciso mobilizar a sociedade para o fortalecimento de uma cultura menos agressiva. A mídia em parceria com Organizações não governamentais deve promover campanhas sobre à tolerância e o respeito às diferenças para que o exemplo tenha a função de orientar a sociedade como apresentar suas ideias seguindo as “boas maneiras” vigentes. No que se refere ao conhecimento prévio é importante que os Ministérios da Educação e da Cultura, em conjunto, criem um currículo escolar no qual haja espaço para o estudo de ciências social e antropológica para que por meio dessas aconteça a apresentação de ideias e que os debates posteriores sejam guiados pelo conhecimento e não pelo ódio.