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Enviada em: 29/06/2017

É inegável a evolução democrática que o mundo vem passando desde o século XVIII, uma vez que não só a Revolução Francesa, mas, principalmente, o Iluminismo trouxe consigo mudanças que afetaram governos de todo o planeta. Porém, é indiscutível que mesmo diante de tais influências o Brasil ainda sofre não apenas com a crise política, mas também com seus efeitos sobre o tecido social.       Segundo Voltaire, filósofo francês, todo cidadão possui o direito de se expressar. Infelizmente, tal pensamento não é seguido no Brasil da contemporaneidade, haja vista que o livre arbítrio político não faz parte do cotidiano social. Nesse âmbito, as falhas da gestão, corrupções e má administração pública, concatenada a intolerância de parte dos cidadãos tornam-se fatores para manifestações cruéis e preconceituosas.         É possível observar nas redes sociais como a descriminação motivada por ideologias políticas está se cristalizando. Músicas, vídeos e verbetes estão sendo amplamente usados para criticar e denegrir o posicionamento das pessoas em relação à candidatos e partidos políticos. Nesse cenário, é preciso mudanças que possam ponderar tal problemática, uma vez que o aumento de protestos e processos jurídicos são reflexos de tal questão.           Torna-se evidente, portanto, que a fragilidade democrática no país é grave e precisa ser sanada. Cabe ao Governo, fazer valer de forma eficaz as leis já existentes, como por exemplo a lei da ficha limpa. A mídia, quarto poder, deve informar aos cidadãos a importância de acolher e respeitar as opiniões do próximo. A escola, instituição formadora de valores, aliada a ONGS deve realizar campanhas aos pais e alunos para que possam discutir o tema de forma nítida e transparente. Dessa forma, se fará presente na nação os reais valores propagados no século das luzes.