Respeitar para aceitar "Grito, logo existo". Assim propõe o filósofo Bauman em substituição ao:"Penso, logo existo" de Descartes. E esse enxerto de texto reflete o comportamento social das pessoas na pós modernidade, podendo também "justificar" o comportamento agressivo das pessoas nas relações (e redes socias) quando discute-se política. Assim, entender às causas, bem como as reverberações de tais atos é, vital. Às pessoas querem, a todo momento, se autoafirmarem diante dos outros e, com isso, não toleram divergências de pensamentos. Isso porque, não ter suas ideias ( posicionamentos políticos aceitos) pode gerar, facilmente, frustações, e, logo, afastamento dos que pensam desigual. O fato de às pessoas, tão facilmente, darem "blocks" ( no mundo digital) ao não igual é um fato que atesta para a materialidade de tal posicionamento. Em decorrência de tal fenômeno, observa-se, a formação de guetos, ou seja, os indivíduos se restringem as ideias de seus iguais. E isso, por sua vez, perpetua o baixo limiar de tolerância para pensamentos ( e pessoas) que " não falam a mesma língua", culminando em mais embates nas relações sociais. O aumento nos crimes de ódio, expresso nos discursos hostis, nas mídias sociais, atestam para veracidade de tal fato. Contasta-se, então, que embates políticos, estão, altamente polarizados e, às pessoas, em cada um dos extremos, odiando-se mutuamente. Para ajudar a atenuar tal condição, é premente, que o ensino infantil já inclua sociologia e filosofia em seus currículos ( isso irá ajudar a formar cidadãos mais tolerantes às divergencias). Somado a isso, os adultos devem se auto conscientizar (divulgação de discursos apaziguadores por autoridades em relações humanas devem ser massificado via tevê e internet para ajudar em tal processo. Só assim, com esforço coordenado de Estado e sociedade, será possível transformar as relações sociais, de modo a serem mais respeitosas e sólidas, ou seja, com menos propensão a rupturas por divergências ideológicas.