A crise política e a sociedade: como contornar divergências políticas nas relações sociais. Diderot (1715-1784), filósofo do Século XVIII, considerado o Pai do Iluminismo, escreveu que a liberdade e felicidade social se alcançava através de política. Entretanto, não imaginava que estava falando de um assunto complexo e muito delicado da natureza humana: o relacionamento ético moral. Assim como para Thomas Hobbes, a liberdade éra ausência de oposição de idéias, ações e com harmonia do corpo político entre os homens. Dessa maneira, conclui-se que cada assunto deve ser analisado por óticas diferentes. Porém, tudo isso é uma questão cultural, de identidade de personalidade e preconceitos a respeito de valores. Portanto, a intolerância com a postura do outro em relação a crise política e declarada perante as relações sociais, denota uma condição soberba, orgulhosa e sem respeito. Embora, no Brasil tenha causado uma recessão econômica instalada desde 2014, indubitavelmente, também uma grande divergência nas relações sociais, o que parece ser uma condição obrigatória nesses períodos. Por isso, alertou também o filósofo:" cuidado com qualquer pessoa que trazer a ordem através da sua razão". Pois existe uma multiplicidade de reivindicações pessoais, de grupos e coletivamente, nem todos têm os mesmos anseios, sonhos e objetivos. Por isso, essa condição deve ser compreendida, considerada e respeitada. Cada berço tem cores e tamanhos diferentes. Vale pontuar que existe na Constituição o direito à liberdade de expressão por qualquer cidadão, entre outras palavras, minha e dele. Então, a maneira mas sensata de contornar esse problema, está alinhado com o pensamento do sociólogo Emmanuel Conte: educar para respeitar. Por isso escreveu: o homem é o que a educação faz dele. Portanto, isso vale para toda vida, para uma sociedade com ou sem crise.