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Enviada em: 31/07/2017

Conforme defendeu Zygmunt Bauman, com o conceito "modernidade líquida", tudo está em constante transitoriedade, o que leva o homem ao individualismo e à angústia. Sob essa conjectura, é possível afirmar que, diante das convulsões sociais no que tange às divergências políticas no país, tais fatores são intrinsecamente relacionados neste contexto. Logo, deve-se analisar como a perda do coletivismo e a inquietação humana contribui para complicações na esfera sócio-política do território nacional.      O pensamento individual da sociedade contribui substancialmente para o âmbito estadista afetar as relações interpessoais. Isso é verossímil devido à importância que as pessoas dão para os posicionamentos particulares, sobrepondo-os às ideias universais - que, neste caso, é garantir o equilíbrio governamental. Diante deste cenário, os indivíduos afrouxam laços afetivos, promovem discursos de ódio e tornam a escolha da representatividade desgastante no território. Portanto, cresce o egoísmo paralelo às problemáticas de divergências de opinião pública no país.       Além disso, faz-se necessário atentar para a forma na qual a crescente angústia causada pela efemeridade das relações age neste contexto. Com a maior perda de confiança e de perspectiva em questão da democracia brasileira, os indivíduos, ansiosos, ficam propensos a quererem um governo que não apenas preencha os vazios governamentais, mas que possua uma boa gestão no país. Dessa forma, essas pessoas secularizam a harmonia social para garantir tal fim - utilizando-se de insultos, de hostilidades e, até mesmo, de infração aos Direitos Humanos. No entanto, para haver uma estabilidade socio-política sobre as assimetrias de opinião no Brasil, são necessárias intervenções de cunho social e midiático.      No intuito de promover a concordância da população nas inconsonâncias políticas brasileiras, as esferas municipais de poder devem proporcionar eventos, em praças e em espaços públicos, que visem a interação social - como jogos esportivos -, a fim de aguçar mentalidades mais coletivas e universais. Outrossim, o Ministério das Comunicações deve circular campanhas de campo ideológico sobre tal equilíbrio, trabalhando com a proposta de que todos possuem, em suma, os mesmos objetivos, que é garantir uma boa representatividade política no Brasil. Com essas medidas, será possível, gradualmente, construir consciências mais abertas à heterogeneidade de percepções no território.