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Enviada em: 03/03/2018

A democracia em moldes atuais. Governo do povo?   Historicamente a democracia é dita como o governo do povo e para o povo. Diz-se que no Brasil vivemos sobre tal regime político, embora a realidade de muitos fatos denunciem que o governo tem tido práticas que discordam dessa teoria; constatamos isso através de notícias a respeito de desvios de verbas, nepotismo, obras caríssimas inacabadas, sobreposição de interesses pessoais de alguns políticos em conflito com as necessidades da sociedade; entre outros fatores. Seria isso apenas culpa da desonestidade por parte de alguns de nossos representantes ou o cidadão tem parte nisso?   Sabe-se que na era da informação o volume de notícias que circulam na rede é absurdo, mas vale ressaltar que nem sempre todas elas são verídicas em sua totalidade e outras em parte alguma, são as chamadas "Fake News", que têm por objetivo - na maioria das vezes - dissipar inverdades sobre determinada pessoa ou grupo, visando denegrir sua imagem e exaltar a de um possível adversário. É nesse contexto que se da a importância do cidadão cumprir seu papel em busca de informações confiáveis, de certo modo aumentando seu engajamento em diversas esferas sociais (dentre elas a política) e não apenas ajudar a repercutir o que ele acredita ser interessante.   Isso é o primeiro passo entre outros para combater a superficialidade com que tratamos a política. Deixar de lado a necessidade de se expressar publicamente e passar a exercer isso em debates embasados e com um fundo reflexivo sobre nosso atual quadro político, refletindo isso nas urnas através de votos conscientes.     Por outro lao, há aqueles que se aproveitam da falta de informação e apatia de alguns, no que diz respeito a curiosidade em conhecer os candidatos aos cargos públicos. Tais candidatos acabam se elegendo em nome do povo, porém ao alcançar seu objetivo esquecem que a sociedade e seus interesses devem ser prioridades, enquanto interesses pessoais ilícitos devem ser prontamente anulados. Isso gera uma crise de representatividade gigantesca, uma vez que em pouco tempo o cidadão percebe que foi ludibriado por falsas promessas. A completar tem-se também a impunidade daqueles que praticaram tais atos, o que fomenta cada vez mais práticas como essa, distanciando-nos de uma sociedade sensata, e sem abismos entre os grupos sociais.    Deste modo, é imprescindível que os partidos políticos atuantes escolham entre seus filiados pessoas de moral ilibada e com boa índole para representar-nos. Porém o maior desafio é entregue ao cidadão, deve partir dele a necessidade ao engajamento político (em todos os sentidos) para assim, escolher candidatos que realmente representem os interesses sociais e que estejam aptos a servir a população.