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Enviada em: 21/03/2018

O atual contexto da política tem sido tema de debates pertinentes na esfera global. Não podia ser diferente: a indiferença com a qual os representantes do povo têm executado o devido trabalho, revela um cenário de desesperança e frustrações, haja vista a sequência de escândalos que contribuíram para abalar a sociedade política. Nesse sentido, nota-se uma distinção muito forte dos partidos que resguardam propostas unilaterais, quando deveriam, em razão da perspectiva democrática, atender a grande massa.  É indubitável que a crise política instaurada, se faz valer do enfraquecimento da representatividade. Isso decorre de inúmeros fatores, dentre eles, no caso brasileiro, é devido à dificuldade do governador em manter-se no poder, já que passa maior parte do seu tempo tendo que se defender contra as acusações envolvendo desvios de verbas públicas. Dessa forma, sobra-lhe pouco tempo para tratar dos assuntos sociais e, consequentemente, criar um legado de progresso e desenvolvimento para o país. Nesse contexto, é preciso ressaltar que tal desequilíbrio não se restringe ao Brasil, pois até mesmo nas grandes potências a corrupção está presente, aumentando a desigualdade e diminuindo a confiabilidade da população para com seus representantes. Fato que foi identificado em 2003, após os esforços internacionais para a criação da Convenção das Nações Unidas contra a corrupção.   Outro fator importante reside no fato de que as divergências políticas têm se intensificado, principalmente, pela ausência de projetos que atendam a sociedade de modo coletivo. Conquanto seja de fundamental importância a colaboração com a sociedade para se manter no poder, muitos candidatos são atraídos para cooptar com o grande capital, que passa a manipular as ações governamentais em detrimento do benefício próprio. Dessa forma, a corrupção no meio político fomenta as divergências no âmbito partidário que ultrapassam os desentendimentos e transformam-se em choques ideológicos que terminam em agressões físicas e verbais. Estes embates contribuem para o distanciamento do cidadão frente à política nacional.   Urge, portanto, que a sociedade e as instituições públicas cooperem para mitigar o impasse, renovando as esperanças do eleitor e fortalecendo a ideia democrática. Assim sendo, cabe ao cidadão o maior engajamento para o exercício de sua cidadania, fazendo valer de direitos como a transparência das ações públicas, a fim de desmascarar os infratores que praticarem ações ilícitas, evitando a permanência deles no poder. É imperativo, ainda, que aja mais debates partidários e troca de informações, não cedendo o direito de choques ideológicos, além de buscar extrair o melhor da ideia republicana para que, dessa forma, possa contemplar a grande maioria.