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Enviada em: 09/05/2019

A Constituição Federal de 1988 é famosa pelos direitos que ela decreta, principalmente os sociais. Contudo, atualmente, nota-se que esses progressos institucionais não são observados em razão da anti-democratização do acesso à cultura existente. Isso se dá devido à administração antiética do Estado e, paralelamente, mesmo quando o cidadão possui uma oportunidade de lazer, não a aproveita por motivo de um desconforto social em virtude da elitização cultural atual.   Primeiramente, é importante mencionar que de acordo com o site governamental "Cultura Viva" é evidente a falta de Pontos de Cultura na região norte e no interior do nordeste, quando comparadas com a parte sudeste. Essa situação demonstra um Governo antiético, já que de acordo com Immanuel Kant, para ser ético é necessário agir de forma que essa ação possa ser uma prática universal. Em vista do exposto, é urgente a necessidade de se combater esse problema.   Em segundo lugar, o processo de elitização cultural faz com que indivíduos da classe média se sintam desconfortáveis em locais artísticos. Da mesma forma que Fabiano e sua família se sentiram incomodados quando foram à uma ocasião festiva na cidade, na obra Vidas Secas de Graciliano Ramos, um cidadão comum também se sente assim quando vai à algum centro cultural. Diante disso, é notória a necessidade de se resolver a segregação socioespacial que essa conjuntura é responsável.   Fica claro, portanto, a inevitabilidade de se combater esses impasses demonstrados. Para isso, as pessoas devem se reunir por meio do uso das redes sociais para fazerem manifestações pacíficas nos centros culturais, para que o Governo seja pressionado a administrar todo o território nacional de forma ética ao universalizar o acesso à cultura. Outrossim, o Ministério da Cultura e as ONGs precisam disponibilizar projetos culturais diversos nas periferias, para que a elitização cultural seja combatida. Somente dessa forma, esse direito social garantido pela Constituição Cidadã será efetivado.