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Enviada em: 10/05/2019

A Idade Média foi caracterizada pela supressão cientifica e artística que sobrepujasse os dogmas da Igreja Católica, dessa maneira, esse período ficou conhecido como  Idade das Trevas, uma alusão a moderada produção cultural da época. À vista disso, urge a necessidade da democratização do acesso à cultura, especialmente, no Brasil. Esse cenário, por sua vez, reverbera que os investimentos nessa área estão aquém do necessário, além de evidenciar que a cultura é um elemento relevante para fomentar conquistas sociais de uma nação.                 A priori, a Constituição de 1988, por meio de artigos e dispositivos, explicita que é dever do Estado garantir o acesso às produções culturais para todo indivíduo. Essa conjunção, por sua vez, reflete o Enigma da Modernidade, do filósofo Henrique de Lima, que elucida que apesar de a sociedade ser tão avançada em suas razões teóricas, é tão indigente em suas razões éticas. Assim, essa antítese gerada entre a teoria e a prática pode ser comprovado, uma vez que as verbas destinadas para essa área estarem diminuindo anualmente, como demonstram os índices divulgados pelo IBGE- Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Dessarte, observa-se que os investimentos para essa esfera estão aquém do necessário, o que contribui para que o acesso democrático seja comprometido.             Outrossim, a UNESCO- Organização das Nações Unidas para a Educação, a ciência e a cultura- que foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, possui como uma de suas áreas de atuação a cultura, por meio do fortalecimento da identidade nacional do país, além da proteção e o estímulo à diversidade cultural, como também o fortalecimento dos museus. Esse órgão, no que lhe concerne, atua nesse campo, pois compreende que a cooperação intelectual é um elemento imprescindível para conquistas sociais, como a promoção da paz e da educação, por exemplo. Desse modo, é evidente que o acesso cada vez maior de brasileiros ao desenvolvimento cultural, torna-se uma ferramenta favorável para fomentar conquistas sociais no país.               Logo, é necessário que as ONGs- Organizações não Governamentais- venham, por meio da realização de palestras para o Poder Legislativo, elucidar sobre a importância da promoção da cultura  de forma ampla para uma nação. Para tanto, é indispensável convidar historiadores e sociólogos para clarificarem essa questão, a fim de que essa esfera do poder elabore leis que destinem mais verbas para esse campo e, consequentemente, com o fortalecimento desse cenário, conquistas sociais sejam alcançadas, de acordo com que estabelece a UNESCO nesse aspecto. Dessa forma, garantir-se-á um acesso democrático à cultura no Brasil.