Enviada em: 14/05/2019

Em 1985, no Governo Sarney, nasceu o Ministério da Cultura, responsável pelas marcas artísticas, materiais ou não, de caráter nacional, como por exemplo, os patrimônios históricos. O acesso ao meio cultural é mais efetivo, sobretudo, para uma parte da população. No qual, tem-se a segregação das classes que possuem contato com tais manifestações. Portanto, eis o reflexo social de um coletivo alheio à sua cultura.  Essa problemática é fruto de uma sociedade leiga, em relação, ao âmbito cultural. O sociólogo Karl Marx afirma que "a construção da história social até os dias de hoje, é a história da luta de classes". Sendo assim, desde cedo, a sociedade é dividida em um dominante e um subordinado, como por exemplo, a burguesia e o proletariado, onde, os menos favorecidos são, popularmente, alheios ao espaço sociocultural, sobretudo, no reflexo das diferenças econômicas. Ora, tal realidade, favorece a escassez do conhecimento dos indivíduos desprovidos.  Atrela-se à reflexão, o descaso do Governo com um setor de extrema relevância para a composição social. O Art. 215 da Constituição Federal afirma que "o Estado deve garantir a todos o exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional". Essa afirmação, retrata o compromisso dos governantes em estabelecer, para todas as classes, meios eficientes de contato às manifestações culturais, onde, nem sempre, torna-se evidente o comprometimento do Estado com a população. Em consequência disso, vê-se o retrocesso cultural no meio social.  Portanto, devido a falta de democratização da cultura, é necessário que a sociedade, de forma unitária, manifeste-se através de reivindicações em favor de um maior acesso à símbolos nacionais, a fim de gerar conhecimentos diversos para todas as camadas sociais. Ademais, é substancial que o Poder Executivo, aplique Políticas Públicas para fins culturais, através de investimentos e disponibilidade de verbas, a fim de promover uma maior distribuição geográfica. Assim, o recursos culturais poderão chegar, de forma viável, a todos os setores da sociedade.