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Enviada em: 14/05/2019

Devido ao surgimento das classes sociais, no período da formação dos Estados, o âmbito cultural também dividiu-se em cultura erudita, voltada para os intelectuais da época, e cultura de massa, para os poucos alfabetizados. Como consequência dessa divisão, atualmente, há uma segregação no acesso à cultura, além da elitização viabilizada pelo sistema capitalista. Desse modo, evidencia-se não só a não democratização da cultura, como a fragmentação da sociedade brasileira em classes culturais.         Convém ressaltar, a princípio, que no Brasil a cultura não é democratizada, ou seja, nem todos os brasileiros têm acesso. Isso ocorre porque devido ao mercado capitalista a cultura tornou-se um meio de adquirir lucros, não de difundir conhecimento, aliado a isso não há incentivo por parte do governo. Ademais, o escritor António Lobo Antunes afirma que um povo que não lê torna-se escravo, assim, um povo que não têm acesso a uma cultura crítica, o qual desmarcara as mazelas do mundo, também é escravo de grupos políticos detentores do poder e de ideias já feitas.          Além  disso, é importante destacar a fragmentação existente na sociedade brasileira entre uma minoria portadora de conhecimento e uma grande massa excluída desse processo. Com o surgimento dos meios de comunicação, os pensadores da época acreditavam que haveria uma democratização cultural. No entanto, surgiu a indústria cultural, o qual acentuou ainda mais essa divisão, porque propiciou uma falsa ideia de que existem culturas superiores e as inferiores. Outrossim, tal indústria tornou a cultura algo supérfluo e da moda, voltada para o entretenimento e não para fins educacionais.            Em suma, faz-se imprescindível a tomada de medidas atenuantes ao entrave abordado. Posto isso, cabe ao MEC (Ministério da Educação e Cultura) em parceria com as Secretarias de Educação dos Estados garantir o acesso à cultura para todos por meio do desenvolvimento de projetos para a criação de bibliotecas públicas, além da construção de teatros municipais, bem como incentivar aos professores das redes de ensino dos país, para que desenvolvam projetos culturais nas salas de aula, de modo a incluir os alunos no processo cultural, a fim de democratizar a cultura. Assim, acabará com a falsa ideia de superioridade cultural e haverá democratização no meio cultural.