O desenvolvimento de uma nação também está relacionado aos aspectos culturais de uma sociedade. No final do século XIX, o Estado já tomava providências para ampliar o acesso da população a programas culturais, como a criação do órgão Ministério da Cultura. Porém não houve resultado de forma que diminuísse a desigualdade sócio-cultural. Devido à grande extensão territorial, as cidades mais distantes dos centros comerciais ficam ainda mais prejudicadas. Além de poucas opções de programas culturais, os seus valores são inacessíveis à maioria da população, o que acaba por contribuir com a segregação cultural. As ações governamentais de acesso à cultura são muito tímidas diante da grande desigualdade. A maioria da população recorre a programas gratuitos. Eventos como museus e exposições culturais são vistos por uma pequena parcela da sociedade. A mídia, devido a questões econômicas, acaba por supervalorizar este tipo de programação em detrimento dos demais, como folclore, teatro de rua, entre outros. Tendo em vista o exposto, faz-se necessário que se invista mais nesse setor e que tenha uma destinação eficiente dos parcos recursos nessa área. O projeto "vale cultura" deve atingir grande parcela da população, os preços devem se adequar à realidade econômica da maioria. É necessário que viabilize incentivos às regiões menos favorecidas de todo o país. Dessa forma haverá uma contribuição significativa para amenizar as desigualdades, como um todo, que assolam a sociedade brasileira de todas as regiões.