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Enviada em: 15/05/2019

Na propaganda da Coca-Cola, jovens aparentemente felizes bebem o refrigerante como um símbolo de felicidade, de status social e de cultura. Porém, o que observa-se é que nem todos tem o acesso a esse e outros produtos destinados ao lazer, causando, portanto, um déficit na democratização cultural no Brasil. Isso persiste, ainda, por estar vinculado à mentalidade social e a situação econômica do país.     Primeiramente, o consumo de bens duráveis ou não está intrinsecamente ligado à mentalidade social. Por isso, muitos brasileiros tem um pensamento pragmático que,  com a observação, é que se pode saber se o produto é viável ou não ao consumo, resultando, muitas vezes, na banalização da mercadoria do entretenimento. O pré-socrático Parmênides de Eléia explica que esse modo de pesar está vinculado a inexistência da razão para usufruir a essência de coisas boas. Desse modo, pessoas continuam a banalizar a cultura e só a valorizar o material e não o inteligível, fato observado na propaganda da Coca-Cola, pois pessoas apenas compravam o produto devido à felicidade externalizada dos jovens.   Ademais, a situação econômica de muitas pessoas não é favorável para desfrutar o lazer previsto na Constituição Federal. Sem dúvidas, isso promove desigualdades sociais, polarizando a sociedade e estimulando a ideologia de que só aqueles com maior poder aquisitivo podem usufruir de cinemas, teatros e entretenimento em geral. Para explicar isso, Émile Durkheim afirma que o fato social é a capacidade que a ideologia tem de influenciar vários indivíduos ao mesmo tempo, por isso persiste a ideia de que o mais rico terá as melhores formas de expressão cultural, excluindo várias pessoas do consumo, por exemplo, da Coca-Cola.      É necessário, portanto, a democratização da cultura. Por isso, o Ministério da Educação precisa intensificar, nas escolas e propagandas, o ensino da filosofia, por meio de atividades reflexivas, para tornar consumidores conscientes e críticos para também não serem alienados com qualquer ideologia. Assim, desconstruindo desigualdades.