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Enviada em: 15/05/2019

De acordo com a Constituição do Brasil é direito de todos os cidadãos o livre acesso as diversas formas de cultura. Hodiernamente, a conjuntura social tornou a premissa supracitada uma irrealidade, graças a elitização dos eventos baseados em valor cultural, além disso, o desinteresse da população em participar dos espetáculos mencionados, provocado por uma educação seletiva, inviabiliza a democratização do acesso à cultura. A partir dessa perspectiva, várias consequências negativas são amplias e intensificas, necessitando assim de mudanças que minimizem esses problemas.        Mormente, é preciso considerar, antes de tudo, as novas formas de organização da sociedade e suas consequências para a problemática em questão. Segundo Adorno, a modernidade fez com que o lucro se tornasse objetivo principal dos elementos artísticos, sob essa perspectiva, espaços como teatros e salões de danças são restritos aos centros urbanos e indivíduos com maiores condições financeiras. Por conseguinte, a desigualdade do acesso a esses movimentos artísticos leva ao desconhecimento dos próprios elementos culturais por parte da população com menor poder aquisitivo, além de atenuar o reconhecimento das produções artísticas como parte de processos cognitivos, ou seja, percepção de si e dos outros na sociedade.         Outrossim, cabe pontuar, a ausência de uma educação expansiva, acarretando desse modo, em indivíduos que tratam seus próprios costumes com irrelevância. Apesar da dificuldade financeira, o desinteresse da população também é uma realidade que ratifica a democratização do acesso à cultura. Essa negligência advém das instituições acadêmicas brasileiras que promovem uma educação metodista, sem valorizar os princípios da sociedade em que o indivíduo está inserido, sob essa ótica, a ausência do enaltecimento dos diversos povos e etnias é uma realidade bastante presente. Ademais, as escolas desconsideram as diversas manifestações culturais advindos dessa diversidade, levando ao não reconhecimento do indivíduo dentro das manifestações difundidas e assim, sua desvalorização.       Urge, portanto, a necessidade de mudanças com fito de amortizar essas problemáticas e promover maior harmonização do contato com a cultura. Para isso, é preciso que o Estado, por parte do Ministério da Educação, formule uma nova dirigente acadêmica, na qual enalteça as diversas formas de costumes existentes, garantindo desse modo, a valorização dos teatros e os demais meios que perpassem os costumes sociais. Ademais, é necessário que o Ministério da Cultura, em parceria com vários artistas, viabilizem a expansão de eventos culturais de modo gratuito, em diversas localidades, tanto rurais quanto urbanas, levando ao alcance desses espetáculos a todos os cidadãos de maneira igualitária e não elitizada.