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Enviada em: 25/05/2019

No ano de 1991 a lei Rouanet foi encorporada ao ministério da cultura, tendo como objetivo incentivar e  promover a produção artística. Mas, apesar dos avanços já conquistados, a lei em vigência não conseguiu consolidar de igual modo a distribuição cultural no país. Logo, a desigualdade socioespacial  ligada a monetização do acesso e a difusão da cultura de massa representam os principais desafios para uma democratização cultural efetiva.      Em primeiro plano, pode-se perceber que o Brasil está inserido em um contexto de "aparthaid cultural", visto que, contastou-se que os grandes centros urbanos concentram a maior parte dos cinemas, teatros e museus, os quais localizam-se em regiões altamente elitizadas. Portanto, a distribuição assimétrica da produção cultural e o alto valor agregado a esses espetáculos dificultam o acesso da população carente, pois segundo o jornal nexo, cerca de 32% da população Brasileira depende da gratuidade para frequentar esses espaços. Por isso, é necessário que o governo amplie os incentivos fiscais concedidos a patrocinadores através da lei Rouanet.        Em segundo plano pode-se destacar a "industria cultural", a qual foi elucidada pelo filósofo Theodor Adorno em sua teoria de que a sociedade está sendo trata como massa, existindo a imposição de um padrão coletivo de cultura, moldando a sociedade e suprimindo, dessa forma, as raízes culturais do país. Por conseguinte, a valorização da coletividade em detrimento da analise individual acarreta a não contemplação da diversidade cultural e social existente, fazendo, assim, com que grande parte da população não se identifique o que está sendo exposto. Logo é necessário a valorização das manifestações periféricas como o folclore, a literatura de cordel, entre outras que também são esquecidas, causando assim uma desigualdade cultural.       Diante dos fatos mencionados, torna-se evidente a necessidade de propor medidas capazes de promover uma melhor integração cultural. Para isso cabe ao ministério de cultura ampliar a oferta de espetáculos a preços populares, aliado a distribuição de vale cultura para a população de baixa de renda, com o intuito de integrar essa parcela social. Outrossim, também é importante que seja incentivada a difusão de culturas periféricas, através de patrocínios subsidiados pela lei Rouanet de forma a promover uma maior democratização e visibilidade da diversidade cultural existente no país.