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Enviada em: 20/05/2019

Em um de seus episódios, o seriado norte-americano “Todo mundo odeia o Chris”, aborda a dificuldade de compreensão de uma obra artística por parte de uma família ao visitar um museu. De maneira análoga, evidencia-se na contemporaneidade a ausência da democratização da cultura na sociedade brasileira. Nesse sentido, convém analisar as principais causas para esta problemática.            A priori, é imperioso que se destaque a escassa parcela de investimentos públicos destinados à cultura. Conforme dados apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), poucos municípios brasileiros contam com espaços para cultura - como museus, bibliotecas e salas de áudio e visual – e, aqueles que contam, não possuem condições mínimas para seu funcionamento, a exemplo, o incêndio ocorrido em janeiro de 2019 no Museu Nacional, um dos espaços mais importantes para a cultura brasileira que vinha sofrendo ano após ano com reduções em sua verba. Tal situação é decorrente da falta de interesse estatal em proporcionar aos seus cidadãos condições ao acesso a essas obras.            Outro aspecto a ser abordado é a dificuldade de compreensão das produções. Tomando-se em consideração a qualidade do ensino público do país e a carência do estudo de culturas de outras sociedades, o cidadão apresenta, por vezes, objeção no entendimento real da intenção de um artista por trás de sua obra. Nessa perspectiva, o objetivo cultural não é alcançado e, como afirma Augusto Cury – escritor e sociólogo brasileiro – em sua obra, “O Vendedor de Sonhos”, não há uma troca de conhecimento, o que viria a gerar uma nova percepção de mundo.            Diante da problemática abordada, faz-se necessário, portanto, que o Governo Federal dever-se-ia elevar os subsídios destinados ao Ministério da Cultura, proporcionando, assim, a construção de espaços culturais e o auxílio aos já existentes. Com isso, uma maior parcela social teria acesso a esses centros. Ademais, é de responsabilidade das escolas, como educadoras, o estímulo nos educandos ao acesso à arte. Isso seria alcançado através de projetos com artistas municipais que realizariam palestras e contariam suas experiências sobre como a arte mudou suas vidas. Assim, despertaria-se o interesse desses alunos acerca da cultura.