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Enviada em: 20/05/2019

Na Grécia Antiga, é elucidado a concepção de democracia como o "governo do povo".Hoje, de maneira contraditória, a realidade não ratifica esse conceito, principalmente em relação ao acesso a cultura.Nesse contexto, é indiscutível a importância do acesso amplo a cultura para garantia desse ideal grego ratificado na Constituição Federal. É valido ressaltar, antes de tudo, a desvalorização da essência cultural brasileira.De fato, a formação do país é composta, de certa forma, por índios, negros e brancos, ocorrendo uma desvalorização da cultura do primeiro e segundo em relação ao terceiro.Isso ocorre, principalmente, por um pensamento etnocentrista, uma vez que essa visão acredita que há culturas superiores e outras inferiores.Porém, de acordo com a teoria do relativismo cultural de Franz Boas, antropólogo americano, não há culturas superiores.Como consequência dessa teoria, valorizar a cultura negra e indígena é buscar a essência brasileira. Além dessa desvalorização, outro fator que contribui para dificultar a democratização cultural é a falta de acessibilidade e integração.Isso ocorre pelo não incremento de subsídios aos municípios, esse ficando restrito aos grandes centros.Outra causa é o elevador preço de espetáculos culturais e livros.De acordo com o filósofo espanhol José Ortega y Gasset a cultura é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são atributo do homem. Essa teoria ressalta a consequência dessa falta de amplo acesso, um "apartheid cultural".  Fica evidente, portanto, que o amplo acesso a cultura é imprescindível para garantia da democracia. Para que se garanta a valorização da essência e acesso amplo, urge que o Ministério da Cultura crie uma plataforma digital que ressalte os aspectos materiais e imateriais da cultura negra e indígena valorizando-as, por meio de uma parceria com empresas privadas de tecnologia da informação, oferecendo alternativas de isenção fiscal em troca do serviço.