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Enviada em: 14/06/2019

Durante o século XV e XVI, a Europa vivenciou a ascensão cultura com ajuda dos mecenatos, famílias que financiavam artistas e suas obras, portanto o acesso à essas artes era restrito para uma pequena parte da população, principalmente as mais favorecidas na hierarquia social. Apesar do mundo ter vivenciado uma rápida expansão cultura, no Brasil ainda grande parcela não tem acesso à cultura, isto é, cinemas, teatros e museus. Desse modo, a problemática persiste, seja pelo avanço do capitalismo, ou pelo descaso governamental. Em primeira análise, vale ressaltar que a cultura passou a ser comercializada, e consequentemente o preço de ingressos são elevados. Desse modo, essa comercialização corrobora para filtrar aqueles que possuem capital suficiente para pagar e marginalizar os que não tem. De certo, esse fato é comprovado pela “modernidade líquida”, fundamentada pelo sociólogo Zygmaunt Bauman, em que as relações interpessoais, estabelecidas pelo sistema capitalista, contribui para a segregação social, logo os que não tem uma boa condição financeira acham que o acesso à cultura é digna de pessoas ricas. Por outro lado, segundo a Magna Carta de 1988, o Estado garante acesso irrestrito à cultura a todos os residentes do país e assegura a defesa das manifestações culturais no território. Todavia, a realidade é outra; poucos investimentos em museus e teatros municipais são corriqueiros, vistos que estes, muitas vezes, não possuem verbas para manutenções básicas que podem evitar tragédias, como a que ocorreu no Museu Nacional em 2018. Dessa forma, de acordo com o IBGE, apenas 27% das cidades brasileiras possuem ambientes culturais, portanto é necessário soluções para democratizar o acesso à cultura no Brasil. Diante dos argumentos supracitados, é dever do Governo Federal, junto com o Ministério da Cultura, investir na infraestrutura de museus e prédios históricos para que possam ser zelados e apreciados pela população. Ademais, cabe também ao Estado, por meio de campanhas e promoções, diminuir os preços dos ingressos, principalmente nos finais de semana, para garantir o maior acesso à cultura, assim seguindo o exemplo de países como Estados Unidos e Argentina.