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Enviada em: 31/05/2019

Apelidada de Cidadã, a Constituição Federal de 1988, garante, em seu Artigo 215, que todos os cidadãos tenham acesso a fontes de cultura, seu apoio e incentivo sobre formas de manifestação em todo o país. Contudo, a realidade nacional é diferente, pois essa prerrogativa é parcialmente ofertada,já que algumas formas de expressão não alcançam várias pessoas da sociedade o que é problemático, uma vez que causa a perda de identidade e diversidade nacional, além de ameaçar a memória brasileira. Dessa maneira, isso é resultado de um certo elitismo, aliado ao preconceito sobre certas culturas, e do desconhecimento de determinadas expressões.     Decerto, a própria comunidade é responsável pela não democratização ao acesso cultural na ''nação verde-amarela''. Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, em sua teoria conhecida como Capital Cultural, a cultura é valorizada de modos distintos, dependendo do âmbito social que a pessoa enquadra-se. Isso se deve ao fato de que há uma tendência que museus, teatros e cinemas con-centram-se nas áreas urbanas centrais ,onde, geralmente, a elite habita, tendo essa classe um acesso mais fácil a esses locais. Dessa forma, muitos indivíduos acreditam que cultura é uma maneira de expressão erudita e classista e têm preconceito com o que desvirtua disso, quando, na realidade, ela abrange qualquer forma de comunicação.     Entretanto,o Estado também é culpada pela desigualdade em relação ao alcance da cultura no Brasil. Isso está condicionada à questão de que a história do país foi escrita por meio de visões eurocêntricas, as quais desmereciam os índios e africanos. Desse modo, as manifestações não europeias não eram retratadas em livros e, por isso, muitas pessoas desconhecem-nas. Ao perceber isso, o Ministério da Educação determinou o acréscimo na grade curricular do Ensino Básico o estudo sobre esses povos, no entanto, esse ensinamento é dado de forma  breve e segmentado,pois, na maioria das vezes, isso está em apenas inserido em apenas um capítulo dos livros de História de todo o Ensino Médio, o que precisa mudar para que os brasileiros conheçam o passado dessas pessoas que só acrescentaram na trajetória brasileira.   Diante do exposto,a fim de que haja a democratização da cultura,o Ministério da Educação deve au-mentar o ensino das manifestações culturais nas escolas de nível básico. Isso pode ser feito por meio da inserção de aulas sobre os grupos que construíram o passado e os atuais habitantes do território nacional, especificamente, professores de História e Sociologia devem fazer isso semanalmente, revezando seus ensinamentos durante os meses, ao decorrer de todo o Ensino Médio. Destarte, a Constituição Cidadã será cumprida e a identidade nacional permanecerá presente na comunidade.