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Enviada em: 24/06/2019

A cultura em constante elitização e precariedade       Na sociedade grega antiga, a cultura era disseminada por todo povo e assim, valorizada tanto pelos governantes quanto por seus súditos. De maneira antagônica, hodiernamente no Brasil a cultura é restrita a população abastada e pouco visada pelos mais pobres. Diante dessa perspectiva, cabe analisar o custo elevado do acesso a cultura, o que dificulta sua democratização, além da falta de meios de difusão cultural. Diante dessa perspectiva, cabe analisar o custo elevado do acesso a cultura, o que dificulta sua democratização, além da falta de meios de difusão cultural.       De acordo com o filósofo Aristóteles a diferença entre um ser culto e um ser inculto, é a mesma existente entre seres vivos e mortos logo, o que torna um indivíduo socialmente ativo é a carga cultural que o mesmo possui. Porém, um dos grandes empecilhos da população brasileira para adquirir cultura, é o alto custo de participar de peças de teatros, ou filmes em cinemas uma vez que, tais espetáculos não correspondem aos ganhos mensais da maioria dos brasileiros. Por conseguinte, a desigualdade social é algo que compromete diretamente a participação do povo brasileiro nos meios culturais, pois aquele não tem condições econômicas de pagar por este.       Além disso, a falta de disseminação de ambientes culturais, como por exemplo, teatros, cinemas e  galerias de artes dificulta profundamente a divulgação de peças e espetáculos artísticos que poderiam implementar a cultura dos brasileiros. Segundo a Unesco, grande parte da população nacional nunca visitaram museus, ou nem mesmo foram a exposições artísticas devido a falta de divulgação destas ou pela distância do local onde moram. Dessa forma, a precariedade estrutural dos meios de divulgação cultural é um agente conflitante na participação da sociedade nesses eventos, o que gera uma comunidade distante de seus alicerces historiográficos.       Portanto, medidas públicas são necessárias para alterar essa problemática. Destarte, cabe ao Ministério da Cultura o patrocínio de práticas culturais, por meio da destinação de verbas para estes fins, para que assim barateie tais eventos e proporcione a democratização destes. Ademais, compete ao Ministério das Cidades o planejamento e execução de obras que visem a construção de teatros e museus, principalmente em regiões periféricas, através de investimentos neste tipo de infraestrutura, com intuito de homogeneizar o acesso cultural por todo o país. A partir dessas medidas, será possível tornar o acesso a cultura mais democrático e prazeroso, assim como era feito na sociedade grega.