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Enviada em: 10/07/2019

Consoante ao filósofo chinês Confúcio, a cultura está acima da diferença da condição social. Essa visão, embora correta, não é efetivada no hodierno cenário global, sobretudo no Brasil, posto que o acesso à cultura ainda é restrita à alta sociedade. Isso ocorre ora em função da categorização dos entretenimentos, ora pela falta de investimento do governo em projetos de democratização cultural. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz.    Sob esse viés, destaca-se a divisão categórica que torna os entretenimentos culturais elitizados, como um empecilho à consolidação de uma solução. Na obra "modernidade líquida", Zygmunt Bauman defende que a pós modernidade é fortemente influenciada pelo individualismo. A tese do sociólogo pode ser observada de maneira especifica na realidade brasileira, no que tange ao acesso restrito à população de classe alta em diversos eventos culturais. Em virtude disso, há como consequência, uma individualização cultural de classes, pois, em forma de escalonamento dos valores dos ingressos, cria-se uma barreira entre classes, dificultando a relação entre classes diferentes.    Outrossim, pontua-se a questão governamental, como um fator limitante para a popularização do acesso à cultura. Conforme o filósofo Aristóteles, a política tem como função preservar o afeto entre pessoas de uma sociedade. Contrariamente, no Brasil os investimentos e projetos de leis que garantam o alcance de toda a população aos meios culturais não encontram espaço e respaldo político necessário. Esse panorama se evidencia por exemplo, quando analisado a frequência de brasileiros que não tem nenhuma oportunidade de prestigiar eventos para esse fim. Segundo o portal de noticias G1, 37% dos brasileiros não frequentam nenhuma atividade cultural. Isso porque, são poucos os incentivos dados pelo governo a essas atividade. Sendo necessário, em vista disso, que seja feita parcerias por parte do governo, em prol da democratização dessas atividades.   Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse impasse. É fundamental portanto, que o Ministério da Cidadania em parceria com o Ministério da Educação proporcionem a criação de Leis, a serem aprovadas pelo Senado, que garantam em quaisquer evento cultural, a destinação de 20% de seus ingressos às famílias de baixa renda, isso se dará mediante a inscrição pelas famílias interessadas e que comprovem não possuir condições de arcar com os custos, aliado a isso, faz necessário a criação de oficinas culturais, a serem desenvolvidas nos colégios estaduais. Esses eventos podem ser realizados por meio de atividades práticas, como leitura, dramatização, dinâmicas e jogos, de modo a demostrar os tipos de atividades culturais existente. Só assim, não se terá mais barreiras de condição social como citada por Confúcio.