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Enviada em: 11/07/2019

A histórica música de Ary Barroso, Aquarela do Brasil, retrata as belezas e culturas do país do samba e do carnaval, relacionando as belezas com o simbólico colorido que representa o Brasil. Fora do cenário musical, a cultura brasileira é, de fato, abundante. Todavia, com a vinda da globalização, o acesso às diversas forma de arte foram caminhando naturalmente para a direção do mercado capitalista, onde o acesso aos meios de cultura foram se tornando cada vez mais elitizados, causando assim, um problema sociocultural abrangente.             Em primeiro plano, o Ministério da Cultura foi criado em 1985, pelo então presidente do Brasil, José Sarney, com o intuito de financiar, expandir e dissipar o lazer e o bem estar dos brasileiros, aproximando-os assim, de seus costumes. Repercutiu, então, num grande avanço para o país. Porém, o caminho da democratização da cultura não está distribuído de maneira homogênea, pois somente a alta e média classe social se beneficiam, em detrimento do alto custo de acesso aos cinemas, museus e teatros que se encontram nos grandes centros urbanos. Uma pessoa que mora em uma comunidade periférica, longe das grandes cidades e com apenas um salário mínimo, é exemplo da exclusão social aos meios de cultura que deveriam favorecer a todos.             Ademais, os costumes e tradições brasileiros folclóricos eram, há alguns anos, projetos culturais fortes, onde muitas cidades se organizavam em escolas e centros comunitários para celebrar a arte e a história local. No entanto, atualmente essas festas estão perdendo força graças a era tecnológica, onde crianças preferem ficar dentro de suas casas jogando videogames, assistindo vídeos e interagindo virtualmente, ao invés de dançar e brincar ao ar livre umas com as outras.           Em virtude disso, é necessário que ações para a conscientização do acesso à cultura no Brasil sejam estabelecidas. O Governo Federal deve reorganizar a distribuição de verbas do Ministério da Cultura, acrescentando o suficiente para que, projetos como distribuição de livros e oficinas de teatro, cheguem em comunidades carentes. Em adição, cabe às ONGs criarem locais de estímulo ao contato das crianças e adolescentes com o mundo fotográfico e musical, com a criação de aulas voluntárias, por exemplo. Logo, o acesso à cultura democratizada no Brasil seria mais fácil e traria, assim, mais sentido à música de Ary Barroso, Aquarela do Brasil.