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Enviada em: 25/07/2019

A Constituição Federal, promulgada em 1988, garante aos cidadãos o direito à cultura, ou seja, ir ao cinema, assistir peças teatrais, ir ao museu, entre outros. No entanto, percebe-se que não há democratização do acesso à cultura, uma vez que, segundo a UNESCO, apenas uma pequena parcela da população brasileira frequenta alguma dessas esferas culturais. Assim, visto que o custo das atrações e a padronização cultural contribuem com a privação cultural, mudanças fazem-se necessárias.      Em primeiro lugar, é notório que o valor a ser pago pelos entretenimentos, muitas vezes, é incompatível com o faturamento da maioria dos brasileiros. A saber, de acordo com uma pesquisa feita pelo Datafolha, 66% da população brasileira recebe menos do que 2 salários mínimos ao mês. Consequentemente, com a renda voltada para as necessidades básicas, nota-se que é insuficiente para pagar os momentos culturais. Logo, é substancial a alteração desse quadro.              Além disso, vale destacar que, sob o ponto de vista dos sociólogos Adorno e Horkheimer, o sistema capitalista está padronizando a indústria cultural através do lucro. De maneira que as manifestações culturais são difundidas na proporção em que produzem lucro, constata-se a exclusão das manifestações pouco repercutidas, criando uma unidade artística padrão. Desse modo, com a baixa diversidade cultural, entende-se essa questão como uma problemática cuja resolução deve ser imediata.              Portanto, diante dos fatos supracitados, cabe ao Ministério da Cidadania, juntamente ao Ministério da Educação, promover incentivos aos momentos de lazer, por meio de eventos culturais diversificados, acessíveis às classes de baixa renda. Ademais, as escolas podem promover o conhecimento das diversas manifestações artísticas, por meio de feiras culturais, com o intuito de garantir acesso à cultura e ao lazer. Dessa forma, o primeiro passo é fundamental, mas outras medidas devem ser tomadas para que a cultura seja, de fato, democratizada.