Materiais:
Enviada em: 23/09/2019

"A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem." Essa frase de José Ortega y Gasset, filósofo espanhol, expressa a importância do acessoa à cultura para todo o âmbito coletivo. Entretanto, no Brasil contemporâneo, não são todos que detém da possibilidade de obtê-lo. Tal fato reside, sobretudo, no pouco investimento do Estado nessa questão e na desigualdade social, a qual restringe tal direito às camadas mais altas. Sendo assim, isso configura um entrave à nação.   É válido ressaltar, de início, que a má gestão pública é um dos principais fatores para a ausência da democratização de obtenção de cultura. Nesse sentido, os escassos recursos destinados à manutenção de atividades dessa ordem são resultado de um cenário em que a cultura não constititui uma das prioridades. Prova disso, é o fato de que o Ministério da Cultura, criado no governo do proesidente José Sarney, foi extinguido em 2017 no governo de Michel Temmer. Por conseguinte, isso se torna perceptível ao analisar a quantidade de bibliotecas públicas, teatros e cinemas, por exemplo, os quais são poucos e carecem de investimento e zelo.   Convém analisar, ainda, que a desigualdade de renda possui direta influência na falta de oportunidades para deter de contato com práticas culturais. Sob esse âmbito, muitos cidadãos de menor poder aquisitivo possuem maiores dificuldade para adquirir cultura. Exemplo disso são os livros, os quais, por possuírem um alto preço, restringem seu acesso à elites que possuam condições para comprá-lo. Desse modo, indivíduos mais pobres ao chegarem do trabalho, por exemplo, tem como opção de entretenimento assisitir televisão, o que limita sua capacidade de reflexão e influencia negativamente o seu senso crítico.  Torna-se evidente, portanto, que é preciso democratizar o acesso à cultura no Brasil. Cabe ao Estado destinar uma verba para o investimento em cultura, em que além de construir novos espaços como bibliotecas, teatros e museus, realize feiras culturais gratuitas de artesanato, música, pintura e cinema nas cidades. Além disso, ele deve investir no acesso à empregos e educação de qualidade para as comunidades mais carentes, a fim de que elas disponham de mais condições de alcance da cultura.