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Enviada em: 13/05/2018

Para os Estoicistas, na Grécia antiga, não se deve lutar contra o que não se pode mudar. No entanto, na teoria empírica a posteriori de Kant, é o pensamento progressivo na busca de um ideal que nos leva a questionar e buscar mudanças. Nesse sentido, o fato de a desvalorização da ciência surgir como uma afronta ao progresso da nação brasileira, requer, invariavelmente, a instituição de ações sobremaneira cautelosas e diligentes, visando, mormente, atenuar as suas causas e consequências.    É preciso considerar, antes de tudo, que a ciência trás grandes benefícios à sociedade. De modo que sob uma lógica empirista e racionalista, os grandes avanços científicos trouxeram maior conforto e praticidade para a sociedade contemporânea. Por outro lado, esse grandes avanços tiveram exito devido, sobretudo aos investimentos que foram proporcionados aos cientistas. Prova disso está nos Estado Unidos, que investe no seu tecnopolo, localizado no vale do sílico, para gerar novas tecnologias e proporcionar a sua população uma grande qualidade de vida. Portanto, não investir na ciência é estar na contramão do progresso social e econômico.    Outrossim, o conhecimento científico condiciona uma maior renda para o Estado nacional. Isso ocorre, dentre outros fatores, à possibilidade de produzir produtos com uma alta carga tecnológica, aumentando, consequentemente, o seu valor agregado. Essa situação se evidencia na própria Terceira Revolução Industrial, também conhecida como modelo Toyotista de produção. Isso porque até a primeira metade do século XX, o Japão era considerado um país agrário e, a partir de investimentos na ciência e na educação, foi o centro dessa grande revolução. Com isso, é bem factível a importância da ciência na evolução de um país, fato esse inobservado pelos governantes do Brasil, que ainda buscam aumentar a renda do país, mediante o agronegócio.    Urge, portanto, a proeminência de medidas para esse revés. Para tanto, cabe ao governo federal condicionar políticas que viabilizem a ciência no país, como, por exemplo, investir em tecnopolos, financiar projetos científicos e conceder bolsas aos estudantes, a curto prazo gera gastos, mas no longo prazo gera riqueza. Ademais, compete à mídia cumprir com a sua função social e, mediante novelas, filmes e propagandas publicitárias, trabalhar a importância da ciência em uma sociedade, demonstrando os benefícios sociais e econômicos que ela pode proporcionar e, com isso, dissolver o pensamento retrógrado acerca do conhecimento científico. Assim, haverá a quebra de um pensamento chafurdado na ideia inatista de impossibilidade de mudanças.