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Enviada em: 17/05/2019

“Educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”. A frase de Nelson Mandela é capaz de englobar diversos caminhos nos quais a educação pode gerar mudanças. Uma delas é caracterizada pelo desenvolvimento da ciência,com os avanços tecnológicos, industriais e em pesquisa. O Brasil, porém, vive uma contradição a tal feito, pois o Governo cada vez mais negligencia o investimento nessas áreas, realizando cortes de verbas e de programas, como o Ciências Sem Fronteiras, que gerava bolsas de iniciação científica em universidades fora do país. Assim, diante do cenário atual, é inegável que o país não irá se desenvolver, caso o investimento em ciência venha a decrescer.   Em princípio, destaca-se a importância a respeito da prosperidade econômica capaz de ser gerada a partir de pesquisas. Visto que a Quarta Revolução Industrial, que está em vigor hoje no mundo, tem seu ciclo econômico baseada no ciclo de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, que gera novas tecnologias e, por sua vez, agrega capital ao país, é possível verificar que o Brasil não é capaz de acompanha-la. A exemplo disso, segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), apenas 3% dos gastos governamentais são direcionados à ciência e tecnologia. Assim, mais uma vez, o Brasil encontra-se num claro regresso conservador.   Além disso, há de se dar destaque à questão social do progresso científico, que se deve graças às universidades brasileiras. Uma vez que elas são o berço de maior parte dos avanços, como os medicinais, responsáveis pelo aumento da expectativa de vida, bem como do desenvolvimento da engenharia genética, que possibilitou a transgenia, por exemplo, na agricultura, promovendo aumento da produção alimentar. Entretanto, em Maio de 2019, foi anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) o corte de 30% do capital dedicado às universidades públicas em todo território brasileiro. Isso afetará diretamente toda pesquisa nacional, a explicitar a Universidade Federal de Minas Gerais, que desenvolvia uma vacina contra a dengue e divulgou a possível paralisação nos procedimentos.   Logo, não há como negar que o progresso de um país apoia-se diretamente no quanto o Estado está disposto a aplicar em toda sua educação. Então, há urgência de que o Ministério da Ciência e Tecnologia confronte o corte de gastos de forma inteligente, substituindo a perda por uma nova forma de investimentos, a partir de parcerias com setores privados de grandes empresas e bancos, a fim de evitar uma fuga de cérebros, garantindo prosperidade ao país. Além disso, o Governo Federal deve remanejar os gastos públicos do Brasil, reconsiderando suas prioridades, como a não urgência do Estatuto de Controle de Armas de Fogo substituindo o Estatuto do Desarmamento, para, por fim garantir uma forma alternativa ao regresso, armando a população de livros e pesquisas.