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Enviada em: 08/06/2018

Segundo a atual regionalização mundial, os grupos de países são divididos de acordo com o nível de desenvolvimento econômico, sendo assim, são classificados como os detentores do poder político nações cujo destaque se deu pelo desenvolvimento científico e tecnológico aliado a grande presença de capital público e privado investido em tais setores. Em contrapartida, pode-se afirmar que o Brasil, de economia subdesenvolvida, apresenta baixos níveis de desenvolvimento técnico e científico. Isso pode ser evidenciado não só pela falta de recursos oferecidos à pesquisa científica, como também pela dependência econômica com potências mundiais.       Pode-se perceber que o avanço da ciência está diretamente relacionada com o nível de capital investido nesse setor, entretanto, essa é uma problemática brasileira. Isso pode ser verificado pelo elevado corte de verba no orçamento no Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações no ano de 2017, o qual deixou de receber em torno de 80% do previsto. Levando em consideração que os estudos para o desenvolvimento de vacinas, medicamentos e outros itens de suma importância para a sociedade, somente são viáveis com a extensão da pesquisa, se torna evidente a ineficiência de setores públicos e privados na promoção de incentivo aos acadêmicos, haja vista que eles não recebem o devido suporte para a realização de seus projetos.         Vale também ressaltar que essa desvalorização da ciência tem como corolário para o Brasil uma alta dependência com potências mundiais. De acordo com o portal de notícias G1, o Brasil destina somente 1,5% do PIB ao setor científico, em contrapartida, os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia se comprometem em investir em torno de 3% desse. Desse modo, é possível compreender o porquê de o nosso país ser uma grande importador de artefatos tecnológicos de outras nações, como do próprio EUA. Nesse sentido, não será possível propiciar o pleno desenvolvimento científico, uma vez que quanto mais se acomoda com a compra de um produto em vez de fabricá-lo, mais difícil se torna para superar o atraso e a estagnação da economia.        Portanto, a desvalorização da ciência no Brasil requer medidas efetivas para ser erradicada. Nesse sentido, empresas do setor público e privado poderiam investir no Ministério da ciência, tecnologia e comunicações, por meio do maior investimento de capital, o qual possibilitaria a esse órgão realizar melhorias na estrutura das pesquisas, como a compra de equipamentos de tecnologia de ponta e liberação de bolsas aos acadêmicos. Espera-se com isso, aumentar o número de pessoas interessadas no estudo científico e aumentar a gama de produtos tecnológicos nacionais, contribuindo, assim, para o crescimento econômico do país.