Materiais:
Enviada em: 03/06/2018

A Constituição Federal - promulgada em 1988 - assegura a todos o acesso à educação. Contudo, ao observar a desvalorização da ciência no Brasil, nota-se que há uma parcela que não experimenta esse direito constitucional. Com efeito, uma solução para a problemática é medida que se impõe; seja por passividade governamental, seja pela desmotivação educacional.     A princípio, denota-se que a passividade governamental colabora para o desprestígio da ciência. Apesar de ter a maior carga tributária da América Latina e superar muitos países desenvolvidos no que concerne cobrança de impostos, o retorno em forma de investimentos em projetos tecnológicos é precário. Nesse sentido, a situação se agrava ao analisar a recente extinção do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o qual era primordial no desenvolvimento educacional do país. Dessa forma, a administração nacional enfraquece o estudo de novos artifícios.      No entanto, a desmotivação educacional também favorece a conjuntura. Durante o período colonial, jesuítas utilizaram métodos práticos de ensino para propagar a fé cristã. Esse mecanismo obteve grande êxito, visto que o Brasil contemporâneo é majoritariamente cristão. Mas, ao analisar que a nação forma poucas pessoas nas áreas exatas, constata-se que o sistema público não dispõe de recursos que incentivem seus alunos. Partindo dessa verdade, essa negligência faz a valorização científica ser apenas uma utopia.      Impende, portanto, que a legislação constitucional seja efetivada. Faz-se necessário que o presidente reabra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Além disso, o Ministério Federal deve definir um orçamento anual para a educação, que não deve ser inferior à metade dos impostos arrecadados naquele exercício. Ademais, o Ministério da Educação deve otimizar o capital autóctone dessa porcentagem por meio de investimentos em cursos técnicos para estudantes do ensino médio, com o fito de motiva-los. Somente assim a ciência será contemplada em território nacional.