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Enviada em: 21/08/2018

Grandes nomes como Darwin,Lamarck e Mendel não seriam reconhecidos sem a ciência. Porém, essa é a realidade de muitas pessoas no Brasil, dada a desvalorização da área no país. As causas para esse problema, assim como as consequências, são fatores que devem ser abordados ao longo da discussão. Diante disso,o que pode ser feito para que o ramo passe a ser mais valorizado?     Em primeiro lugar,é importante abordar as causas da problemática.Sabemos que,historicamente,o Brasil é marcado por ser um país predominantemente agrário. Consequentemente, muitos não veem a pesquisa científica como uma medida associável com essa área,pois acham que ela é apenas primária, não podendo a ciência representar avanços na economia.Ora, o governo brasileiro só investe,em média, 6% do PIB em educação, dos quais uma minoria é voltada para os centros de pesquisa. O próprio Ministério da Ciência, em 2017, recebeu apenas 20% do necessário para concluir as contas anuais.     Em segundo lugar,podemos explorar as consequências decorrentes disso. Uma delas é o impacto econômico. Se analisarmos países como Japão, Estados Unidos, China, podemos perceber que são países altamente desenvolvidos e que, em tempos críticos, investem mais na ciência, já que a consideram a melhor medida de superar essas fases. O Brasil, ao contrário, ''corta'' recursos, afirmando que é necessário para ter estabilidade financeira, o que, na prática, só agrava ainda mais suas dívidas e crises. Acrescenta-se a isso uma expressão atual, a "fuga de cérebros". Como muitos pesquisadores não possuem devida importância, todo o investimento em sua carreira acadêmica acaba servindo para eles atuarem no mercado de outro país, o que é muito comum atualmente. Logo, não há retorno financeiro, mas sim prejuízo.     Portanto, é necessário mudar a realidade científica brasileira. Cabe ao governo, o Ministério da Educação e entidades como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico direcionar mais recursos para a pesquisa, abrindo mais instituições e laboratórios, ofertando mais concursos, além de oferecer infraestrutura e profissionais qualificados. Também é importante a ação de políticas públicas e ONGs, para que incentivem os pesquisadores a estudarem e pesquisarem mais, ou seja, que não desistam de sua profissão e sejam cada vez melhores, pois, sem ciência, certamente, não há avanços. Dessa forma, o país terá outra visão do que é ciência e da sua importância socioeconômica.