Materiais:
Enviada em: 30/08/2018

O filme De Volta Para o Futuro criado por Robert Zemeckis lançado em 1985 expõe a ideia de um futuro próximo cheio de expectativas e anseios acerca da evolução da ciência. Entretanto, hoje, quando se observa o atual status científico, não há de se esperar mais que um futuro pessimista e de incertezas quanto a essa profissão que  se encontra cada vez mais desvalorizada no Brasil. Desse modo, torna-se evidente a carência de atitudes que visem melhorar tal problemática social.    A princípio, é necessário destacar o ínfimo reconhecimento prestado a ciência pela sociedade. Sabendo disso, Carl Sagan afirmou ''Vivemos em uma sociedade extraordinariamente dependente da ciência e tecnologia, em que quase ninguém sabe sobre ciência e tecnologia. Seguindo essa linha de pensamento, é possível estabelecer uma linha tênue entre o grau de escolaridade, a desinformação e o reconhecimento, já que, no Brasil, a grande maioria da população mais velha não tem ensino fundamental completo e nunca se informou sobre qualquer método ou pesquisa científica. Dessa forma, um abismo de desinformação é criado extirpando também o reconhecimento científico.    Em outro plano, é notório que os investimentos nessa profissão tem diminuído gradualmente ao longo dos anos. Nesse sentido, o corte de gastos do governo propiciou a maior crise orçamentária das instituições científicas em 2016, o que resultou em protestos e, consequentemente, no movimento Marcha pela ciência com inúmeras reivindicações, dentre elas o reconhecimento da ciência e do cientista. Movimentos como esse são necessários e de extrema importância para a representação dae uma profissão que tanto ajuda a sociedade em questões como saúde, tecnologia, produção, entre outros, deixando um legado inestimável à humanidade.    É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal deve equilibrar e aumentar o orçamento científico procurando cortar gastos desnecessários em outras áreas, a fim de que tal valiosa profissão continue a sociedade com suas importantes descobertas. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras que discutam a desvalorização da ciência, além de debates que promovam a importância desta para a sociedade. Assim, as esperanças não só de Robert Zemeckis, mas dos cientistas em geral seriam dignificadas.