Materiais:
Enviada em: 17/06/2018

A desvalorização da ciência: uma canção do exílio        Após o fim da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se a Revolução Técnico Científico Informacional que concentra suas atividades na biotecnologia. Contudo, países emergentes como o Brasil negligenciam investimentos no setor quaternário e, por isso, a ciência fica restrita aos tecnopolos. A pouca divulgação comunicacional e o desincentivo financeiro perpetuam a desvalorização da ciência no Brasil.         Em primeira análise, cabe pontuar que a formação de pesquisadores é altamente lucrativa e possibilita a evolução de um país para o nível desenvolvido. É cada vez mais comum a Fuga de Cérebros, isto é a emigração de profissionais especializados em busca de melhores empregos, um exílio velado. Em suma, suas descobertas não pertencerão mais ao Brasil, já que o investimento no setor é ineficiente, o que cria um fator de repulsão da nação de origem.        Além disso, apenas uma pequena parcela da população tem acesso aos tecnopolos—áreas de tecnologia de ponta. O desconhecimento do processo, gera o desapoio a causa, em um efeito cascata. Como dito pelo filósofo Thomas Hobbes, "o homem é o lobo do próprio homem",  o que demonstra que as próprias ações individuais culminam no desamparo popular.          Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário, portanto, que o Poder Executivo destine verbas e ações afirmativas ao setor quaternário. Outrossim, os meios telecomunicacionais devem esclarecer o papel desenvolvido pelo pesquisador na sociedade, de forma conativa. Por conseguinte, a ciência será valorizada no Brasil e se tornará um país de—e para— todos, como simbolizada na Canção do Exílio, de Gonçalves Dias: " Nossa terra tem palmeiras, onde canta o sabiá [...]".