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Enviada em: 20/06/2018

Apesar de avanços na medicina e agricultura terem aumentado a visibilidade da ciência brasileira frente ao cenário mundial,no âmbito nacional,muitas vezes,ciência,governo e sociedade estão em desacordo.Esse descompasso é ancorado pela insuficiência de verbas públicas destinadas ao desenvolvimento científico no Brasil e pela estruturação de uma cultura popular que põe a ciência  como fator "coadjuvante" em meio ao soerguimento educacional da sociedade.Dessa forma,tais patologias devem ser sanadas, a fim de evitar que o país entre num "vácuo científico", danificando o bem-estar evolutivo dos futuros brasileiros.     Nesse contexto,é fato que o progresso científico do Brasil é intrínseco ao investimento governamental.Todavia,segundo a SBPC-Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência-de cada R$ 100 gastos pelo Governo, apenas 32 centavos são destinados à ciência e tecnologia.Desse modo, a falta de subsídios tem colapsado a estruturação das universidades brasileiras e dificultado a obtenção de bolsas e financiamentos para pós-graduandos, principais responsáveis pela ciência no Brasil, os quais passaram a migrar para para o exterior em busca de maior prosperidade profissional, tendo em foco a insalubridade enfrentada por tal malha no Brasil e a consequente falta de perspectiva para a evolução da carreira no futuro, seja na docência, seja na pesquisa.      Outrossim, a cultura nacional contorna no profissional cientista brasileiro um caráter de pouco valor, em que a ciência ainda é vista apenas como um gasto, e não como um investimento a longo prazo. Ademais, é ínfimo o contingente de escolas que despertam, desde a fase mais pueril, a curiosidade científica em crianças e jovens, sendo escassos os projetos de introdução ao manuseio de tecnologias, como grupos de robótica, e incentivo à leitura e a atividades de pesquisa mais sólidos.Não obstante,isso é configurado como um atraso no desenvolvimento primário da educação brasileira,o qual é estendido à posterioridade,obstruindo o apego popular pela ciência desde o princípio.           Portanto,com o fito de obliterar os entraves que retardam a desenvoltura científica no Brasil,é vital que o Ministério da Educação destine mais verbas ao plano científico de ensino,dando ênfase a palestras que amadureçam o "olhar científico" dos estudantes ,além de propor projetos regionais que incitem os jovens a aprimorar e divulgar seus resultados. Ademais,cabe ao Governo oferecer maiores verbas ao Ministério da Ciência, dando maior amparo financeiro à comunidade científica,com a organização de mais laboratórios equipados em universidades e bolsas de estudo remuneradas a docentes e discentes.Cabe,ainda,à mídia socialmente engajada, a divulgação mais ampla do progresso brasileiro na ciência,demonstrando o valor dos profissionais da área e de seus projetos para a nação.