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Enviada em: 26/06/2018

Durante o Iluminismo, revoluções científicas trouxeram ideias sobre teoria atômica e gravidade para o nosso mundo, a Revolução Industrial viu importantes avanços tecnológicos e industriais, e, na era digital, cientistas ajudaram a formar a internet como a conhecemos. Hoje, avanços na agricultura e na medicina ajudam a salvar milhares de vidas. Mas, apesar disso, a ciência no Brasil encontra-se diante de diversos obstáculos, devido à sua desvalorização. Nesse sentido, é irrefutável uma remodelação da carreira científica a fim de promover avanços e melhorar a produção científica do país.  Em primeira análise, é necessário explanar as mazelas sob o aspecto cultural. Isso decorre da rejeição social pela ciência, visto que descobertas como a que nosso planeta gira em torno do sol, ou que doenças são espalhadas por germes já foram rejeitadas pela sociedade. Personalidades hoje consagradas como Giordano Bruno e Galileu Galilei foram punidas por defender e apoiar o método científico. Hoje, notamos essa rejeição por meio da volta de doenças já erradicadas, como o sarampo por recusarem vacinas ou pelo retrocesso de teorias já comprovadas pela comunidade, como a negação acerca do formato geoide da Terra, e da teoria da evolução proposta por Darwin. Por consequência disso, conforme defende e adverte o astrofísico Carl Sagan, a história está repleta de pessoas que, como resultado do medo, por pura ignorância e ainda por cobiça de poder, destruíram conhecimentos de imensurável valor que em verdade pertenciam a todos nós.  Outra questão importante a ser analisada são os baixos recursos voltados à ciência. Ser pesquisador no Brasil é um trabalho árduo, onde o profissional precisa lidar não só com a falta de reconhecimento mas também com a falta de recursos que embora não possamos desprezar, frente à triste realidade de distribuição de renda, continua sendo muito pouco. O cientista brasileiro encontra condições precárias de trabalho e remuneração, com programas do governo congelados e poucas oportunidades de emprego, que, segundo o IBGE, ficam concentradas nas universidades públicas. Isso acarreta na chamada "fuga de cérebros" para o exterior e no atraso tecnológico do país.   É imprescindível, portanto, um imediato plano de ação com o desígnio de uma política de valorização a tal carreira, tanto material quanto cultural, onde a segunda depende da primeira. Para tanto, o Governo Federal, com efeito, deve criar programas de caráter assistencialista capaz de atender às especificidades e todas as demandas dos cientistas. Essa ação deverá ser realizada por meio de uma equipe especializada dentro do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, com o fito de acabar com a dependência do orçamento federal como única e exclusiva fonte de recursos. Espera-se, assim, por consequência, a mudança da mentalidade da sociedade.