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Enviada em: 06/08/2018

Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética investiam fortemente em ciência e tecnologia, como uma forma de provar a soberania frente o cenário mundial. Décadas após esse período, observa-se que os países mais desenvolvidos são aqueles que dominam os avanços tecnológicos. Em contrapartida, no Brasil a realidade vem se distanciando cada vez mais. Tal desvalorização da ciência pode ocasionar a perda do posto de país emergente, e por consequência, uma fuga de cérebros.        É preciso considerar, antes de tudo, um corte de 44% do orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em 2017. Entretanto, a verba destinada às pesquisas que geram, logo após, tecnologias a serem revertidas em lucros, resulta, não somente em um crescimento econômico do país, mas também melhorias na qualidade de vida em geral através das descobertas. Nesse hiato, se torna inquestionável a importância que esses investimentos trazem.        Em uma abordagem mais profunda, é importante ressaltar a fuga de cérebros. Como resultado da falta de infraestrutura, a fim de sustentar as pesquisas de inovações no Brasil, tem-se uma tendência de que os alunos interessados e com grande potencial, migrarão para outras nações que podem oferecer essas oportunidades. Desse modo, o País corre o risco de se tornar obsoleto e não mais uma potência emergente, como preconizado no Darwinismo Tecnológico.        Torna-se evidente, portanto, que a ciência deve ser uma das prioridades. Desse modo, o Governo Federal deve, primeiramente, reconhecer a importância e os benefícios dos investimentos na ciência, e posteriormente, retomar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A ele, destinar mais verbas para bolsas de pesquisa e extensão, e aprimorar a infraestrutura dos tecno polos, onde as pesquisas são realizadas. Tudo isso, em parceria com instituições privadas de acordo com a natureza da pesquisa e sua finalidade. Assim, como dito por Sócrates, a vida não se tornará uma espécie de morte, uma vez que terá a ciência no Brasil.