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Enviada em: 11/07/2018

A Idade Média foi um período também conhecido como "Idade das Trevas". Tal denominação deve-se ao fato de que durante o ínterim, a ciência e o método científico foram duramente reprimidos pela Igreja Católica. Dessa forma, grandes gênio da época vieram a ter seus trabalhos completamente desabonados. Semelhantemente, percebe-se no contexto brasileiro que o mesmo descrédito da época em relação aos seus cientistas instalou-se. Assim sendo, configura-se no Brasil a desvalorização da ciência, decorrentes da má gestão governamental e ausência da disseminação científica.   Em primeiro lugar, segundo o Indicador de Letramento Científico, 64% dos brasileiros não entendem conceitos básicos de ciência. Tal fenômeno acontece devido a precariedade do ensino público ofertado, atrelado a falta de massificação do conhecimento científico à população. Conhecimento esse, que muitas vezes é de difícil compreensão pela elevada tecnicidade utilizada e ausência de divulgadores científicos para transmiti-las em linguagem acessível.   Em segundo lugar, é indubitável que o Brasil possui grande potencial tecnológico. Principalmente devido ao seu pioneirismo na descoberta do pré-sal, além da significativa atuação no setor de agronegócio. No entanto, o cenário brasileiro apresenta diversas burocracias no que tange à importação e exportação de materiais para pesquisas. Outrossim, o Estado não direciona investimentos à ciência, sobretudo nos momentos de crise, onde a aplicação deveria ser maior com  o fito de encontrar resoluções rápidas e eficazes para o impasse.    Ademais, segundo o autor Victor Hugo, "Quem conduz e arrasta o mundo não são as máquinas, são as ideias". Dessarte, nota-se que as ideias construídas em solo brasileiro não são devidamente valorizadas, fazendo com que muitos cientistas imigrem para outro país - fenômeno conhecido como fuga de cérebros. Dessa maneira, o Brasil continua na condição de país subdesenvolvido e na dependência de tecnologias estrangeiras, agravando a conjuntura supracitada.    Portanto, torna-se clarividente a necessidade de resolução do impasse. O Ministério da Educação juntamente com o MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) devem promover a parceria entre as escolas e universidades públicas de pesquisa brasileiras. Tal parceria seria movida com o fito de promover, por meio de aulas e palestras a cada duas vezes no mês, a reincorporação das matérias da área de ciências naturais sob uma didática lúdica, de fácil compreensão e aplicabilidade no cotidiano, facilitando a visualização dos conhecimentos apresentados e a fim de incentivar o engajamento dos alunos e seu interesse científico para que, assim, a ciência seja divulgada a longo prazo e momentos históricos como o da Idade Média não ocorram mais.