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Enviada em: 05/07/2018

É incontrovertível que o Brasil se configura como um país em desenvolvimento. Desse modo, depende significativamente de ciência e tecnologia para que possa alcançar o status de desenvolvido. Um exemplo que comprova essa realidade é a Coreia da Sul, uma nação antes subdesenvolvida que, atualmente, é avançada devido ao grande investimento no setor tecnocientífico que é intensamente importante para a sociedade. Nesse ínterim, torna-se suscetível a discussão acerca da desvalorização enfrentada pela ciência brasileira, em que dois aspectos fazem-se relevantes: a falta de investimentos públicos e privados e a lenta alteração da mentalidade social.        No Brasil, hoje, as pesquisas científicas encontram-se sucateadas, em virtude da crise econômica que assolou a nação, logo havendo a necessidade de corte de verba. Porém, na Coreia do Sul quando o mesmo aconteceu, os investimentos públicos e privados cresceram significativamente, consequentemente estimulando a indústria, gerando emprego e qualidade de vida. Constata-se isso pelo motivo de que, no Brasil, o investimento em ciência e tecnologia corresponde à 0,63% do PIB, mas na Coreia do Sul esse valor chega a triplicar, de acordo com dados do MCTIC. Esse cenário, corrobora a ideia de que o o Estado não tem interesse de investir em tecnociência, em razão de visarem o retorno à curto prazo e não à longo prazo como ocorre em outros locais.        Outrossim, a população não cobra dos governantes e dos empresários o financiamento da ciência e tecnologia, visto que não valoriza ela. Todavia, na Coreia do Sul, os habitantes são presentes na política e estão sempre motivando o governo e o empresariado a investir em ciência e  tecnologia. Conforme Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar. Ao seguir essa linha de pensamento, verifica-se que a crença popular de que a ciência e tecnologia são irrelevantes se encaixa na teoria do sociólogo, já que se uma criança vive em uma família com esse pensamento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em grupo. Sendo assim, a continuação da desvalorização tecnocientífica, transmitido de geração a geração, funciona como base forte dessa forma de raciocínio.      Diante dos argumentos supracitados, é inegável que o Poder Executivo atue criando campanhas de apoio à ciência e tecnologia e divulgando-as em escolas e meios de comunicação, com o intuito de conseguir o incentivo financeiro de empresas privadas e conscientizar a população do valor que tem o setor tecnocientífico para o crescimento do país. Ademais, o Ministério da Fazenda deve priorizar este setor, por meio do aumento do percentual do PIB, destinado ao MCTIC, assim gerando emprego e qualidade de vida, tornando seus cidadãos mais comprometidos com o bem-estar social como um todo e valorizando a ciência no Brasil, fazendo com que o país consiga o título de país desenvolvido.