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Enviada em: 08/07/2018

No filme americano “A teoria de tudo“, a vida do pesquisador e cosmólogo britânico Stephen Hawking é evidenciada demostrando a importância de seu trabalho e de suas descobertas para a humanidade. Em contrapartida, no Brasil, a realidade sobre a pesquisa científica está longe de se parecer com as telas de cinema, seja pelo processo histórico de desvalorização dos pesquisadores no país, seja pela falta de investimentos públicos e privados nesse setor.       É preciso ressaltar, primeiramente, que, na história da sociedade brasileira, a pesquisa científica sempre ficou em segundo plano. Dessa forma, é possível analisar que, até o início da República, o desenvolvimento da ciência foi caracterizado por sua extrema precariedade, oscilando entre a instabilidade das iniciativas realizadas em favor imperial até as limitações das escolas profissionais, sempre burocratizadas. Décadas depois, a situação do país é resultado desse processo histórico de desvalorização crônica e a falta de regulamentação da profissão de pesquisador é um dos seus efeitos que corrobora para a evasão de cérebros para o exterior.       Ademais, outro fator preponderante nessa temática é a falta de investimentos, tanto do setor público, quanto da iniciativa privada. Enquanto os investimentos brasileiros em pesquisa no setor não passam de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), os Estados Unidos investem mais de 3%, segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Esse fato, aliado a suspensão da Lei do Bem, que incentivava os investimentos em inovação pela iniciativa privada, corrobora para o atual abandono da ciência do Brasil que acaba por não possuir recursos para pesquisar curas para doenças e contribui para a ideia proferida por Sócrates: “A vida sem ciência é uma espécie de morte”.       Nesse ínterim, portanto, medidas são necessárias para garantir maior valorização da ciência no Brasil. Cabe ao Estado, por Ministério do Trabalho, em regulamentar a profissão de pesquisador com vencimentos compatíveis com a formação acadêmica e, assim, valorizar o profissional que contribui para a solução de diversos problemas da sociedade. Paralelo a isso, é imperativo que o Governo, promova aumento dos investimentos em pesquisa, seja por aumento do incentivo financeiro público, seja por parcerias com a iniciativa privada. Sob tal perspectiva, poder-se-á criar um país que vá ao encontro do progresso e da inovação.