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Enviada em: 21/07/2018

Durante o Iluminismo, revoluções científicas trouxeram ideias sobre cálculo, teoria atômica e gravidade, incontestavelmente fazendo com que o planeta desse grandes passos evolutivos. É incontrovertível que a conjuntura hodierna configura-se globalizada e tecnológica. Entretanto, o Brasil apresenta adversidades no campo científico. Nesse contexto, há dois importantes fatores que devem ser levados em consideração: o aumento de alunos no meio, e o contraproducente investimento governamental.    Primeiramente, é válido destacar que o governo congelou 44% dos recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Não obstante, o número de pesquisadores dobrou nos últimos anos. Em 2006, havia 90 mil profissionais no Brasil. Hoje, são mais de 200 mil. Destarte, o progresso científico esbarra em problemáticas tangentes às investiduras financeiras. O maior número de pessoal capacitado na área faz se desnecessário, visto que sem as devidas condições, o trabalho torna-se infactível. Atrelado, a supressão de recurso fomenta muitos a deixarem a profissão, e seguir outros caminhos.      Ainda, segundo a Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), de cada 100 reais gastos pelo governo federal, apenas 32 centavos vão para o âmbito tecnológico e científico. Conquanto, a ciência é análoga as rochas sedimentares, formada lentamente, de maneira gradual e por pequenos fragmentos. A engrenagem imediatista atual emperra o avanço da situação descrita, uma vez que este leva em conta consequências a longo prazo, tornando inexequível a realização dos trabalhos.    É evidente, portanto, que o atual cenário referido passa por um momento complexo. Dessa maneira, fica claro, que cabe aos órgãos governamentais competentes um maior direcionamento de verbas aos institutos de pesquisa, fornecendo-lhes boa infraestrutura. Ademais, deve-se ter um aumento de bolsas para pós-graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos, visando a promoção do avanço científico brasileiro. Por fim, o MEC deve promover campanhas educativas nas escolas, a fim de informar aos alunos sobre a importância do âmbito referido, para que adultos complacentes sejam formados, e que estes reivindiquem temáticas educativas. Afinal, como citou Martin Luther King: “toda hora é hora de fazer o que é certo”.