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Enviada em: 03/08/2018

Ao emergir diante da necessidade de explicação aos fenômenos naturais, as ideias iluministas de conhecimento perduram ratificando, desde o século XVIII, a premissa da ciência como indispensável ao saber humano. De maneira antagônica e retrógrada, os institutos brasileiros de pesquisas caminham na permanência de uma condição dependente e paralelo a isso, alheios aos avanços significativos da tecnologia global.     Analogamente à Teoria da Caverna de Platão, a perspectiva de passividade em meio às inovações técnicas têm conduzido o Brasil ao quadro de suplente ao desenvolvimento. Dessa maneira, tendo nas Universidades de ensino superior os principais polos de inovações do país, fica intrínseco que a redução de investimentos à ciência culmina por afetar diretamente na educação pública brasileira. Para tanto, urge destacar as constantes instabilidades políticas, as quais atuam como catalisadoras ao processo de estagnação do intelecto populacional e, por conseguinte, fazendo ressurgir o afastamento aos princípios básicos de desenvolvimento científico e moral.     Paralelamente a isso, vê-se no Brasil um forte processo de "Fuga de Cérebros". Inerentemente a tal realidade, a evasão de profissionais capacitados mostra-se potencializada pela visão de inviabilidades por parte de um Estado tipicamente conservador. No ano de 2016, o fechamento do MCTI (Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação) representou um grande impacto à Comunidade Científica, haja vista que culminou da decadência de pesquisas e que essas, por sua vez, fossem repassadas à população. Logo, o que observa-se é a preocupação da saúde pública quanto ao surto de doenças epidêmicas tidas como erradicadas, fazendo-se confirmar o retrocesso dos conhecimentos básicos e necessários diante da desvalorização científica no Brasil.     Consoante a essa questão, urge o pensamento kantiano de que o homem é aquilo que a educação faz dele. Por isso, cabe aos órgãos científicos a movimentação no intuito de realizar campanhas e aderir escolas e a população em geral. Tal mobilização teria como na disseminação da importância do cunho científico no próprio cotidiano, como por exemplo a relevância às campanhas de vacinação. De tal maneira, o Estado deve retomar os Ministérios que defendam, embasados na legislação, o desenvolvimento técnico sob a égide de reduzir os índices de dependência no Brasil à tecnologia externa. Por fim, tais medidas atuariam no avanço amplo da nação na ideia de retirar a comunidade em geral das sombras da caverna.