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Enviada em: 03/08/2018

Hodiernamente, não raro, observa-se através das mídias, televisivas ou sociais, que o Brasil vem enfrentando diversos problemas relacionados à desvalorização da ciência. São fatores que  contribuem para essa problemática, a forma como é conduzido o ensino no país bem como, a falta de investimentos no setor científico.       Primeiramente, o ensino no Brasil não forma pessoas com visão crítica sobre os impactos da ciência na sociedade em que vive. De acordo com a visão kantiana, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Entretanto, as escolas negligenciam a ciência ao não instruir o cidadão, ainda em formação, sobre os benefícios sociais advindos do estudo e do desenvolvimento científico e tecnológico. Consequentemente, o país perde competitividade e impede a população de usufruir dos benefícios sociais da ciência como melhorias em saúde, saneamento e geração de empregos.       Ademais, o governo brasileiro não investe suficientemente em ciência. Prova disso, é que só no ano de 2016, o orçamento do MCTC, Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações, sofreu um corte de 23,4%. Outrossim, os Estados Unidos, que atribuem mais da metade de seu enriquecimento às inovações impulsionadas pela ciência, de acordo com a coalizão científica,  investe mais de 3% do seu orçamento  em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, no entanto o Brasil investe 1,6% do PIB nessa área, segundo dados do próprio MCTC.       Destarte, é imperativo que medidas sejam tomadas para minorar a desvalorização da ciência no Brasil. O ensino, portanto, deve ser reformulado pelo Ministério da Educação para ser instrumento de promoção da iniciação científica, por meio do incentivo às pesquisas e competições tecnológicas como meio de enriquecimento social, cultural e intelectual das futuras gerações. Além disso, é crucial que o governo crie centros tecnológicos, para deixar de ser comprador e reprodutor de tecnologia alheia, contratando cientistas que desenvolvam inovações que minimizem os problemas econômicos, ambientais e sociais brasileiros.