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Enviada em: 07/08/2018

De acordo com o Positivismo, uma corrente filosófica francesa, a ciência é a maior forma de conhecimento verdadeiro. Nesse sentido, o entendimento e a valorização de tal são indispensáveis para a sociedade contemporânea, mas seriamente neglicenciados. Sob essa conjuntura, torna-se necessário investir em políticas educacionais que não somente condicionem ao conhecimento científico, como também estimulem o engajamento estudantil com a ciência.       Em primeiro lugar, a falta de investimentos governamentais em pesquisa científica tem sido a principal causa para a sua desvalorização. Em 2017, por exemplo, foi anunciado pelo Governo Federal um corte de 40% no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Segundo especialistas, esse fato representa um possível fim dos institutos federais e ameaça o futuro do país no cenário mundial de publicações científicas, o qual, até então, aparece a frente dos demais países sul-americanos. Além disso, como as principais área de estudo são a Medicina e as Ciências Agrárias, o corte nessas pesquisas compromete a prosperidade da nação brasileira. Sendo assim, é preciso que o Poder Público reconsidere essa decisão e preze pelo desenvolvimento de uma cultura acadêmico-científica no país.        Outro ponto de relevância é o desinteresse pela ciência observado entre os brasileiros. Em uma pesquisa divulgada pelo próprio MCTIC, a falta de entendimento científico é a principal razão para o pouco interesse da população em estudos dessa área. Isso reflete, sobretudo, a baixa qualidade do ensino das ciências nas escolas, visto que é comum ver alunos estudando apenas com conhecimento teórico, sem ter qualquer contato prático com experimentos, o que dificulta a compreensão e desestimula o aprendizado. Afinal, como foi dito pelo físico Albert Einstein, nenhum cientista pensa com fórmulas, ou seja, a interpretação do problema é o mais importante no método científico. Logo, faz-se necessário que as escolas apliquem uma didática que inclua maior praticidade ao ensino da ciência.        Infere-se, portanto, que a valorização da ciência é um desafio a ser enfrentado por todos. Para resolver tal impasse, é de suma importância que o MCTIC, juntamente com o MEC (Ministério da Educação e Cultura), criem projetos de pesquisa-científica-tecnológica nas instituições de ensino e espaços de divulgação científica em todo o país, como museus, bibliotecas e parques ambientais, nos quais, com o auxílio da equipe pedagógica, os alunos sejam induzidos a investigar situações-problema e tenham uma maior proximidade com esse meio, estimulando, desde cedo, a sua curiosidade e desenvolvendo um pensamento crítico e maior desejo de aprender. Assim, a ciência poderá assumir o papel proposto pelos positivistas e torna-se inerente ao progresso da humanidade.