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Enviada em: 13/08/2018

O século XVIII começou a nortear a ciência que conhecemos hoje. Nessa época, o iluminismo se encontrava no auge e se fundamentava na supremacia da razão, absorvendo o empirismo como mecanismo para se consolidar as constatações. No decorrer dos anos, até os dias atuais, um avanço imenso foi realizado em áreas da física, química, biologia, entre outras, influenciando diretamente a forma que vivemos atualmente. No entanto, o regresso atual em relação a todas as conquistas alcançadas no Brasil é claro. Visto que, os jovens são cada vez menos incentivados a embarcar no mundo da ciência e os investimentos governamentais nessa área são menores ano após ano.       Segundo o cientista Carl Sagan, vivemos em uma sociedade extraordinariamente dependente da ciência e tecnologia, em que quase ninguém sabe nada sobre ciência e tecnologia. Por mais que o número de cientistas brasileiros seja aquém do esperado para um país emergente tão grande, a leniência do poder público em promover programas de incentivo ao ingresso no ramo é notória. Sendo assim, a maior parte dos jovens não têm conhecimento acerca de como o estudo é realizado, suas áreas de atuação, médias salariais e a importância da ciência para a construção de uma vida de qualidade.       Verifica-se que, neste ano, foi anunciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal agência de fomento à pesquisa científica no país, que no ano de 2019 os investimentos em ciência e tecnologia por parte do Governo reduzirão cerca de 33%, caindo de 1,2 bilhão para 800 milhões. Dessa forma, o Brasil entra em um buraco cada vez maior, visto que esse valor não é capaz de cobrir nem mesmo o número de bolsistas da área, fazendo com que o investimento direto em pesquisas praticamente zere.       Fica evidente, portanto, a necessidade de todas as escolas promoverem debates e palestras, direcionadas a toda comunidade escolar, ministradas pelos professores e, quando possível, pelos próprios cientistas, apoiados pelo Ministério da Educação e pelo CNPq, que evidenciem as principais características, áreas de atuação, formas de se embarcar e prós e contras da profissão de um cientista, para que mais jovens se interessem pela área. Ademais, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão deve garantir que maiores investimentos sejam feitos em ciência e tecnologia, por meio dos impostos altíssimos cobrados da população, para que novas pessoas ingressem na profissão e os atuantes possam dar continuidade aos seus projetos.