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Enviada em: 10/08/2018

Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética investiam fortemente em ciência e tecnologia, como uma forma de provar a soberania frente o cenário mundial. Décadas após esse período, observa-se que os países mais desenvolvidos são aqueles que dominam os avanços tecnológicos. Em contrapartida, no Brasil a realidade vem se distanciando cada vez mais. Tal desvalorização da ciência pode ocasionar a perda do posto de país emergente, e por consequência, uma fuga de cérebros.         É preciso considerar, antes de tudo, um corte de 44% do orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em 2017. Por certo, essa medida causa um grande impacto negativo, e foi tomada devido à crise econômica que se instaura no país. Entretanto, a verba destinada às pesquisas que geram, logo após, tecnologias a serem revertidas em lucros, resulta, não somente em um crescimento econômico do país, mas também, melhorias na qualidade de vida em geral, através das descobertas. Nesse hiato, se torna inquestionável a importância que esses investimentos trazem.       Além disso, é importante ressaltar a fuga de cérebros. Como resultado da falta de infraestrutura e verba, a fim de sustentar as pesquisas de inovações no Brasil, tem-se uma tendência de que, os alunos interessados e com grande potencial, migrarão para outras nações que podem oferecer essas oportunidades, como mostra os dados do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, indicando que os brasileiros, já representam cerca de 30% dos estrangeiros nas universidades portuguesas. Desse modo, o País corre o risco de se tornar obsoleto e não mais uma potência emergente, como preconizado no Darwinismo Tecnológico.         Portanto, que a ciência deve voltar a ser uma das prioridades. Desse modo, o Governo Federal deve, primeiramente, reconhecer a importância e os benefícios dos investimentos na ciência, e posteriormente, retomar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, uma vez que, devido aos corte de verbas, foi associado à Comunicação. Ao Ministério ser destinadas mais verbas para bolsas de pesquisa e extensão para os alunos, aprimorar a infraestrutura dos tecnopolos, onde as pesquisas são realizadas. Tudo isso, em parceria com instituições privadas de acordo com a natureza da pesquisa e sua finalidade. Assim, como dito por Sócrates, a vida não se tornará uma espécie de morte, uma vez que terá a ciência no Brasil.