Materiais:
Enviada em: 12/08/2018

Ciência gera qualidade de vida e inovação, uma vez que traz conhecimento e tecnologia em seu conteúdo. Nesse sentido, tanto na Revolução Científica, do século XVII, quanto na atual, Tecno-científico-informacional, a ciência é a personagem principal, a qual adapta o rumo da história humana para evolução. Todavia, essa personagem, hoje, não é valorizada no Brasil, já que há problemas organizacionais no Estado e falta de empregos aos profissionais, assim, nesse contexto, o status de país subdesenvolvido se torna perpétuo, enquanto esse cenário perdura.       Primeiramente, ressalta-se que o Estado brasileiro se torna um entrave, visto que houve a diminuição de gastos com a área científica. Nesse viés, as pesquisas, as quais eram vinculadas ao governo, foram extintas, pois, sem a verba precisa, tornou-se inviável a continuação das mesmas. Segundo o ex-ministro do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) (2005-2010) Sérgio Rezende, os últimos dois anos representaram um decaimento da ciência no Brasil, dada economia de recursos irrisória direcionada a essa área. Dessa forma, percebe-se que o Estado vem deixando de lado esse setor, o que acaba por dificultar a melhoria do país, num todo, logo, traz-se uma imagem despreocupada com o futuro dos cidadãos da nação canarinha.       Outrossim, o desdém às profissões da ciência vem aumentando, dado que as condições proporcionadas pelo país, a essas, não chegam nem perto de ser boas. Nessa perspectiva, o Brasil não possui muitas empresas que sejam relacionada ás pesquisas, desse modo, existe uma alta procura de emprego e, por conseguinte, baixa oferta, nessas áreas. O biólogo Rodrigo Fernando Rios, por exemplo, por mais que tenha mestrado e pós-doutorado, ou seja, currículo exemplar, vive de ''bicos'', pois após chegar ao Brasil depois seu pós-doutorado na Inglaterra não conseguiu achar emprego algum, acabando, até, por passar fome. Sob tal ótica, conclui-se que as profissões científicas se tornaram vias  inviáveis no país, afinal, estudar anos para viver na miséria é algo que ninguém quer.       Destarte, com base nos preceitos apresentados, infere-se que o Brasil possui problemas urgentes a serem sanados. Portanto, em primeiro plano, o Estado brasileiro, em face ao poder econômico do Executivo aliado ao MCTIC, passe a porcentagem do PIB direcionado à inovação de 1%  para 3%, a fim de promover a continuação das pesquisas anteriores e das que surgirão, isto é, para que haja o fim da estagnação tecnológica brasileira. Em segundo plano, o poder Executivo deve fomentar as empresas internacionais, de cunho de pesquisa, a criar sedes no Brasil, por meio da diminuição de tarifas, no intuito de criar empregos aos demais profissionais das áreas da ciência. Por fim, é por esses meios que o cenário brasileiro de subdesenvolvimento será alterado para virar uma potência no campo científico.