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Enviada em: 15/08/2018

A obra intitulada "A morte de Ivan Ilitch", discorre a respeito da falta do senso de coletividade e crítica ao individualismo. Apesar de toda a subjetividade, a trama serve como um gancho para abordar sobre os movimentos retrógrados ocasionados pela falta de investimento na ciência, principalmente, na nação brasileira a partir do momento que é corroborada a dicotomia existente no âmbito político e social. Dessa forma, compreender os impasses da questão: eis um desafio à contemporaneidade.   Considera-se, antes de tudo, que a problemática corrobora com o lento desenvolvimento da sociedade. Remédios que permitem melhorar o bem-estar humano e curar doenças, avanço de pesquisas na área alimentícia, tecnológica e robótica são alguns dos mais variados exemplos que tornam-se possíveis mediante o aperfeiçoamento da ciência. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a modernidade líquida é marcada pela fluidez das relações. Assim, a complacência social é notoriamente dominada por uma ótica que perde a oportunidade de garantir o pleno crescimento social. Afinal, a temática por si só coaduna com a necessidade de mão de obra qualificada, maior carga horária dedicado aos estudos e, consequentemente, ascensão em todos os âmbitos da sociedade.     Analisa-se, também, como a crise que o Brasil enfrenta impacta ativamente na ratificação do quesito abordado. De acordo com o filósofo Jurgen Habermas, a consolidação de uma "ética da discussão" confirma a implementação de âmbitos morais. Nesse contexto, é notório que a crise política e econômica brasileira intervem na prosperidade nacional que está intimamente aliada ao poder de garantia por parte do Estado dos direitos sociais, por exemplo, acesso de qualidade ao ensino e saúde. Concomitantemente, a conduta regressista exposta influencia na perda de tais direitos básicos, visto que o progresso da ciência constitui o caminho básico para uma modernização que impacta todos os setores.     Fica claro, portanto, que fazem-se necessárias medidas que prezem a legitimidade da ciência como um terreno fértil para o engradecimento da comunidade. O Ministério da Ciência e Tecnologia, junto as ONGs, deve fiscalizar as leis já existentes e investir na criação de centros tecnológicos, laboratórios, programas de incentivo à pesquisa, bolsas para doutorados e mestrados, além de financiamentos estudantis para consolidação de projetos científicos, utilizando do dinheiro dos impostos arrecadados para que a população tenha um digno retorno. Também, é de suma importância que a mídia, como grande formadora de opiniões, difunda uma cultura de criticidade e demonstre a importância da valorização da temática, seja por meio do uso de dados, matérias jornalísticas, documentários e jornais. Só assim, com a mobilização de um todo, haverá mudanças.