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Enviada em: 30/08/2018

Desde a Antiguidade, o conhecimento científico sempre foi buscado, principalmente, em virtude de sua utilidade para descobertas concretas sobre os mais variados assuntos. No entanto, apesar de todo o conhecimento acerca dos benefícios gerados pela ciência, é possível perceber que essa enfrenta, hoje, uma enorme desvalorização no Brasil. Nesse cenário, faz-se necessário não só analisar em quais âmbitos essa problemática está presente, mas também buscar meios para mitigar a questão.     A princípio, cabe destacar o pouco fomento governamental na formação dos cientistas. Tal problema é perceptível tanto na educação básica, tendo em vista que a maioria das escolas públicas são de má qualidade e não recebem estrutura alguma para o devido estudo da ciência, quanto no ensino superior, o qual sofre, hoje, com a falta de oferta de bolsas de mestrado e doutorado. Ademais, a situação ainda piorou recentemente, quando, em 2016, segundo o jornal Estadão, ocorreram cortes de gastos que fizeram com que a ciência brasileira ficasse na pior crise já vista. Por conseguinte, têm-se impactos para população em geral, já que, a ciência é parte essencial no desenvolvimento econômico e social do país ao produzir descobertas e melhorias em alimentos, insumos agrícolas, medicamentos e outros.    Outrossim, há também o problema da falta de estrutura para o estudo científico. Dessa forma, mesmo aqueles que conseguem ultrapassar as barreiras e se formar, encontram-se incapacitados de exercer seu trabalho científico devido a falta de laboratórios, materiais e máquinas. Isso porque, o Brasil, -seguindo caminho oposto ao dos países desenvolvidos- também não investe na criação de melhores centros de pesquisa e desenvolvimento, os chamados tecnopolos, que mostram sua importância ao serem símbolos de países avançados, como é o Vale do Silício, nos EUA. Consequentemente, tem-se os problemas da 'fuga de cérebros', que consiste na saída de cientistas rumo a outros países com melhores condições de trabalho, e também da diminuição dos investimentos externos no Brasil, já que, os investidores, agora, estão voltados a locais que valorizam a ciência, como Taiwan e Coréia do Sul.     Torna-se evidente, portanto, que a ciência é importante para o desenvolvimento de um país e precisa ser valorizada. Para isso, é dever do governo, em parceria com a inciativa privada, melhorar o estímulo ao estudo científico mediante criação de centros de pesquisa e desenvolvimento que possuam os laboratórios e equipamentos necessários e, que, além de gerar descobertas úteis para toda a população, promoverão também, a longo prazo, o aumento dos investimentos externos no Brasil e o retorno financeiro para ambos os investidores. Além disso, deve, por meio do MEC, investir mais em expor a ciência já na educação básica, criando cartilhas educativas para tal. Tudo isso com o intuito de elevar o Brasil ao status de país desenvolvido e permitir o usufruto total dos benefícios da ciência.