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Enviada em: 29/10/2018

Na pós-modernidade, verifica-se um anseio coletivo de efetivação de avanços em diversos âmbitos. Isso ocorre, primordialmente, como resultado de herdades da Revolução Científica, ocorrida no século XIX, a qual transformou a conjuntura global de maneira integral, ratificando, plenamente, os ideários capitalistas. Em contrapartida, a sociedade hodierna contraria a lógica, agindo de maneira contraproducente com os profissionais da área científica - aqueles que possibilitariam, eficientemente, progressos nas áreas econômicas e sociais -, o que reverbera a desvalorização desses. Desse modo, é irrefragável que a exiguidade no que tange à ciência no Brasil é uma problemática que precisa ser cessada urgentemente, a fim de corroborar benefícios para ambos os lados.    Em primeiro lugar, é importante ressaltar a notoriedade das contribuições educacionais para a formação moral e ética da nação brasileira. Nesse contexto, é imprescindível que figuras salutares na esfera da saúde sejam mais discutidas e homenageadas, o que, atualmente, não se faz uma realidade. Carlos Chagas, descobridor da doença que leva o mesmo nome, não é reconhecido e, tampouco estudado nas instituições estudantis, autenticando o imbróglio supracitado. É lícito, portanto, referenciar o filósofo Michel Foucault no tocante a essa temática, visto que suas principais ideias visavam o rompimento de práticas vetustas e a construção de novas, pautadas na isonomia. Diante disso, torna-se edificante a intervenção foucaultiana nesse meio, com o objetivo de mudar esse cenário excludente e desvalorizador no que diz respeito aos investimentos e a valorização pública da disciplina.    Em segundo plano, convém elucidar a desinformação do corpo social frente à inovações realizadas no território nacional. Atrelado a isso, encontra-se a mídia, que se mostra desinteressada em publicar notícias que exaltem ou ao menos abordem o trabalho dos cientistas, assemelhando-se ao conceito de "Tábula Rasa", defendido por John Locke - o filósofo defendia a internalização e reprodução de experiências. Analogamente, a teoria lockeana se relaciona às defasagens efetivadas pelos meios midiáticos, os quais são a principal fonte de informação da sociedade na atualidade. Nessa ótica, ao não falar sobre o assunto, cria-se uma cultura semelhante, leiga no tangente ao tema.    Diante das constatações, evidencia-se que a desvalorização da ciência no Brasil é uma problemática que, para ser resolvida, urge a união da coletividade. Consoante a isso, é fundamental que o Poder Legislativo crie, adeque e fiscalize leis que visem incentivar pesquisas e projetos nacionais, com o intuito de expandir esses, uma vez que são fundamentais para os profissionais da área e para a economia do país. Isso deve ser feito, primeiramente, priorizando os desejos da classe científica, tendo em vista bons resultados eficientes. Assim, a população tornar-se-á proliferadora de valorização plena.